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Cemig prepara troca na cúpula e CEO da Light deve assumir comando

Segundo fontes, o movimento tem como objetivo acelerar o andamento de um ambicioso plano de desinvestimentos da companhia

Cemig: expectativa é de que a substituição de executivos seja efetivada em meados de fevereiro ou março (Cemig/Divulgação)

Cemig: expectativa é de que a substituição de executivos seja efetivada em meados de fevereiro ou março (Cemig/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 15h31.

São Paulo - A estatal mineira Cemig passará por mudanças no comando, e o atual presidente de sua controlada Light, Luís Fernando Paroli, deverá ser o indicado pelo governo de Minas Gerais para assumir o cargo de CEO na companhia, disseram à Reuters quatro fontes com conhecimento do assunto.

O movimento tem como objetivo acelerar o andamento de um ambicioso plano de desinvestimentos da companhia, que não tem andado no ritmo desejado sob a atual gestão, disseram as fontes, que falaram sob a condição de anonimato porque o assunto ainda não é discutido em público.

A Reuters publicou no final de setembro que o governo mineiro decidiu substituir o atual presidente da Cemig, Bernardo Salomão Alvarenga. Na época, a previsão era de que a mudança ocorresse ainda em 2017.

Agora a expectativa é de que a substituição seja efetivada em meados de fevereiro ou março, segundo duas das fontes.

"O governador vai colocar o Paroli... Ele tem se demonstrado um executivo com muita habilidade na Light", disse uma das fontes.

"Existe uma necessidade de troca no comando devido à fraca atuação da companhia nos desinvestimentos. O governador (Fernando Pimentel, do PT) entende que ele (Paroli) talvez consiga acelerar esse processo", disse uma segunda fonte.

Bernardo Salomão Alvarenga foi nomeado presidente executivo da Cemig em 21 de dezembro de 2016, em substituição a Mauro Borges.

Em sua gestão, a companhia aprovou um plano de desinvestimentos para reduzir seu enorme endividamento --em setembro de 2017 a dívida líquida somava 12,8 bilhões de reais.

Os ativos colocados à venda pela empresa mineira somam cerca de 8 bilhões de reais, mas até o momento houve poucos avanços, com a negociação apenas de uma fatia na controlada Taesa, por 772 milhões de reais, e de participações em pequenas empresas de transmissão.

Ex-diretor de Furnas, da Eletrobras e da própria Cemig, Paroli assumiu o comando da Light em junho de 2017, após a então presidente Ana Marta Horta Veloso renunciar ao cargo.

Procurada, a Cemig não comentou de imediato.

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