Cemig fecha acordo para adquirir mais 9,75% da Light
Companhia mineira deve pagar cerca de US$ 340 milhões pelos novos papéis
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) anunciou nesta quinta-feira (25) que pagará 340,456 milhões de dólares para adquirir 19,9 milhões de ações ordinárias da Light ou seja, 9,75% do capital total da companhia do Rio de Janeiro. Segundo o fato relevante da empresa, a cifra equivale a 588,75 milhões de reais, pelo câmbio de 1º de dezembro do ano passado.
O contrato de opção de venda, assinado com a Enlighted Partners Venture Capital LLC, dará o direito à Cemig de adquirir a totalidade das cotas do fundo Luce Investment, dono de 75% do Luce Brasil Fundo de Investimento em Participações, que por sua vez tem 13,03% do capital total e votante da Light.
O negócio deverá ser fechado entre 1º de outubro e o dia 6 de outubro de 2010. Caso a opção de venda seja exercida, a companhia mineira passará a ter quase 35% de participação da Light. Com isso, a Cemig se firmará como a segunda maior geradora e distribuidora de energia elétrica no Brasil.
Na última quarta-feira (24/03), a companhia controlada pelo governo mineiro anunciou que fechou o ano passado com lucro líquido de 1,86 bilhão de reais, o que representa uma redução de 1,4% comparado com 2008. A queda tem a ver com o aumento das despesas financeiras e com a revisão tarifária para o mercado regulado. No entanto, o saldo positivo do balanço ficou por conta das vendas recorde no quarto trimestre de 2009, impulsionando um lucro líquido de 434 milhões de reais, 76% a mais do que o mesmo período do ano anterior.
Diante do resultado financeiro da Cemig em 2009 e do anúncio da compra de 9,75% do capital da Light, o mercado reagiu com humor estável. Às 13h10, as ações ordinárias da Cemig (CMIG3) registravam alta de 0,9%, para 23,07 reais. No mesmo horário, os papéis ordinários da Light (LIGT3) subiam 0,28%, para 24,95 reais.
"Os investidores da Cemig estão cautelosos devido às mudanças políticas, tanto na disputa presidencial como no governo de Minas Gerais, que perderá Aécio Neves, o principal interessado na expansão da companhia mineira", analisa Osmar Camilo, analista da corretora Socopa.
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