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Venda em etapas da Vivo é melhor para Portugal Telecom, diz Santander

Possibilidade oferecida pela Telefônica daria tempo a portugueses para avaliar como continuariam no Brasil

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Loja da Oi: venda fatiada da Vivo daria tempo à PT de negociar fatia na Oi (.)

Loja da Oi: venda fatiada da Vivo daria tempo à PT de negociar fatia na Oi (.)

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Márcio Juliboni

Publicado em 10 de outubro de 2010, 03h38.

São Paulo - Agora que o conselho de administração da Portugal Telecom aceitou submeter a proposta de venda da Vivo à análise dos acionistas, o mercado já debate qual seria a melhor opção. Nesta semana, a Telefônica elevou sua oferta em 14%, para 6,5 bilhões de euros. Além disso, apresentou duas possibilidades para a Portugal Telecom deixar a operadora brasileira: a venda imediata de todo o bloco de ações, ou uma saída em etapas, por um período de até três anos. Para o Banco Santander, esta seria a alternativa mais adequada, pois daria tempo para os portugueses estudarem meios de continuar no mercado brasileiro.

Em relatório assinado pelos analistas Valder Nogueira, Gregório Tomassi e Bruno Mendonça, o Santander avalia que a saída em etapas da Vivo "poderia ser uma opção interessante para a Portugal Telecom, que poderia negociar com o governo brasileiro, fundos de pensão e o BNDES uma fatia ou o controle da Telemar, sem deixar o Brasil ou os dividendos da Vivo."

A oferta da Telefônica envolve o pagamento de um terço do valor proposto no ato da assinatura do contrato. A Portugal Telecom poderia decidir quando receber os dois terços restantes, desde que o prazo não excedesse três anos. Os portugueses também poderiam permanecer como minoritários na Vivo desde que não tivessem uma fatia superior a 10%, nem participassem do capital de outra operadora no Brasil. A companhia receberia, ainda, um fluxo anual de caixa, na forma de dividendos. Em contrapartida, a Portugal Telecom seria obrigada a votar de acordo com a orientação da Telefônica em decisões sobre a Vivo.

A decisão da diretoria da Portugal Telecom de submeter a nova oferta da Telefônica a uma assembleia de acionistas foi interpretada pelos analistas como "um avanço, se comparado com a situação anterior, na qual a oferta foi imediatamente rejeitada." Por isso, aumentou a expectativa de que a venda da Vivo está mais perto. Os analistas, agora, tentam antecipar qual será o próximo movimento da companhia portuguesa. É cada vez maior a aposta de que ela entre no capital da Oi, hoje a terceira maior operadora do país. Como o movimento exige negociar com um grande número de investidores, a saída em etapas da Vivo seria uma forma de ganhar tempo, sem abrir mão do mercado brasileiro.

O Santander afirma ainda que é cedo para descartar completamente o interesse da Portugal Telecom pela TIM Brasil. O banco observa, porém, que esta seria a segunda melhor opção para a companhia portuguesa, "dado o baixo potencial de convergência" que a união das operadoras ofereceria, sobretudo frente ao fortalecimento gerado pela fusão da Vivo com a Telesp - o movimento mais esperado pelos analistas, se a Telefônica efetivamente comprar a operadora de celulares.

 

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