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CBS examina possibilidade de suspender CEO por denúncias de assédio

A diretoria da CBS deve criar um comitê especial para supervisionar a investigação, que também examinará a cultura no ambiente de trabalho da empresa

Assédios: "Les é uma peça importante, mas o mais importante para toda a empresa é que isto representa sérios problemas a respeito da cultura e do assédio em toda a companhia", disse uma fonte próxima (Brendan McDermid/Reuters)

Assédios: "Les é uma peça importante, mas o mais importante para toda a empresa é que isto representa sérios problemas a respeito da cultura e do assédio em toda a companhia", disse uma fonte próxima (Brendan McDermid/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de julho de 2018 às 07h04.

Última atualização em 30 de julho de 2018 às 08h41.

Os diretores da CBS estão examinando se o presidente e CEO Leslie Moonves deve ser afastado enquanto a emissora de televisão investiga acusações de várias mulheres sobre assédio sexual, informou o Wall Street Journal.

A diretoria da CBS deve criar um comitê especial para supervisionar a investigação, que também examinará a cultura no ambiente de trabalho da empresa, afirmaram ao jornal pessoas próximas ao tema.

Os integrantes da diretoria devem participar de uma conferência por telefone nesta segunda-feira.

O comitê especial deve escolher durante a semana um escritório de advocacia para conduzir a investigação e determinar se Moonves deve ser suspenso durante a investigação, indicou o WSJ.

"Acredito que a diretoria sabe que é uma situação muito, muito séria", afirmou uma fonte próxima à questão.

"Ao mesmo tempo que Les é uma peça importante, realmente o mais importante para toda a empresa é que isto representa sérios problemas a respeito da cultura e do assédio em toda a companhia", completou.

Uma reportagem publicada pela revista The New Yorker na sexta-feira ouviu os relatos de seis mulheres que tiveram relações profissionais com Moonves e que citaram episódios de assédio sexual entre a década de 1980 e os anos 2000.

Quatro delas descreveram contatos ou beijos forçados durante reuniões de trabalho. Duas afirmaram que Moonves praticou intimidação psicológica e ameaçou acabar com suas carreiras.

Moonves expressou pesar por qualquer comportamento que possa ter feito com que as mulheres se sentissem "incomodadas", mas insistiu que não ameaçou prejudicar a carreira de ninguém.

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