Livros: a Câmara Brasileira do Livro renovou o contrato com a Agência Brasileira de Exportações e Investimentos para desenvolver a competitividade da industria editorial brasileira (Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - A Câmara Brasileira do Livro renovou nesta quinta-feira, por mais dois anos, o contrato que firmou em 2008 com a Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para desenvolver a competitividade da indústria editorial brasileira.
Serão investidos, entre 2013 e 2014, R$ 3,475 milhões em ações no Brasil e no exterior para a promoção do livro brasileiro - seja ele técnico, infantil, religioso ou literário.
No biênio passado, esse investimento foi de R$ 1,850 milhão. No início do projeto Brazilian Publishers, não chegava a R$ 1 milhão. O recurso vem da Apex, com contrapartida da CBL.
Cresceu também o número de editoras associadas e, claro, as exportações de livros físicos e de direitos autorais. Em 2008 eram 23 editoras. Agora, o projeto já conta com 55.
Elas pagam R$ 300 por mês e têm acesso a todas as iniciativas - recebem consultorias, participam, aqui, de seminários e rodadas de negócios com especialistas e compradores de outros países, têm espaço no estande coletivo do Brasil em feiras internacionais e nas missões comerciais.
É a chance de editoras de pequeno porte, que não participariam de eventos internacionais, mostrarem sua produção e participarem desse momento de visibilidade do mercado editorial nacional.
Em outubro, o Brasil será homenageado na Feira do Livro de Frankfurt, a mais importante do mundo. Em 2014, quem presta homenagem ao País é a Feira do Livro Infantil de Bolonha. No ano seguinte, o Salão de Paris. Em 2016, Londres terá o Brasil como país convidado e em 2017, Nova York.
Grandes casas também integram o grupo, que reúne, entre outras, Globo, Unesp. Edusp, Callis, Manole, Lafonte, Cosac Naify, Ática e Pallas.
No início do projeto, foi negociado mais de US$ 1,8 milhão. O ano de 2012 fechou com US$ 2,4 milhões.
Entre as mudanças previstas para este biênio estão a inclusão da Colômbia e a exclusão da Argentina como países-alvo. "Analisamos os números e percebemos que precisávamos considerar a Colômbia.
Já com a Argentina encontramos barreiras na exportação e não vamos trabalhar o país agora", explica Dolores Manzano, gerente do projeto Brazilian Publishers.
Além de organizar ações específicas para esses mercados, um grupo de editores do segmento CTP (Científico, Técnico e Profissional) e de não ficção participam, em abril, de uma missão na Feira do Livro de Londres. Outras duas, para o Chile e a Colômbia, estão programadas para o fim do ano.