Casino pede a renúncia de Abilio Diniz no Pão de Açúcar
Possível entrada de Abilio no conselho da BRF pode ter motivado pedido, segundo Folha
Tatiana Vaz
Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 12h36.
São Paulo - O grupo francês Casino , controlador do Grupo Pão de Açúcar , pediu hoje, durante a assembleia extraordinária de acionistas da companhia, a renúncia do empresário Abilio Diniz do cargo de presidente do conselho da empresa, segundo informações da Folha.
A reunião havia sido convocada para aprovar a substituição de dois membros do conselho. Mas o Casino, que representa a holding controladora do grupo, teria aproveitado para pedir a renúncia do empresário.
O Casino havia se mostrado descontente com a possível entrada de Diniz no conselho da BRF, uma das principais fornecedoras da varejista. A iniciativa teria sido considerada pelo grupo francês como conflito de interesses, já que a fabricante concorre com o Pão de Açúcar em produtos de marca própria.
No início deste mês, Abilio havia indicado dois nomes em substituição a Geyze Diniz e Pedro Paulo Diniz no conselho do grupo: Claudio Galeazzi e Luiz Fernando Figueiredo. Ambos foram aprovados pelos acionistas hoje.
Pedido do controlado
No voto-registro da Wilkes, representada pelo Casino, na assembleia de acionistas do GPA realizada hoje, o maior acionista do grupo deixa clara sua preocupação com o destino da varejista depois de uma possível entrada de Diniz na BRF:
"A presença do Sr. Abilio Diniz nas duas companhias causaria grande desconfiança na diretoria, nos demais conselheiros, nos acionistas e demais stakeholders de CBD (inclusive o acionista controlador). Tal cenário também colocaria a CBD em situação desconfortável no seu mercado de atuação, criando problemas de interlocução com os seus demais fornecedores relevantes dos produtos também fornecidos por BRF", diz o voto.
No voto, o controlador do grupo ainda afirmou que é "lamentável que o Sr. Abilio Diniz pretenda impor sua presença no Conselho apenas por razões pessoais" e que seu comportamento desde meados de 2012 "tem sido o de criar turbulência, ignorando o interesse da Companhia".
"Mesmo em circunstâncias normais ninguém é indispensável ou insubstituível. Mas neste caso, o Sr. Abilio Diniz é um acionista minoritário, que entretanto tenta impor sua presença apenas para obter benefícios privados", diz o documento.
São Paulo - O grupo francês Casino , controlador do Grupo Pão de Açúcar , pediu hoje, durante a assembleia extraordinária de acionistas da companhia, a renúncia do empresário Abilio Diniz do cargo de presidente do conselho da empresa, segundo informações da Folha.
A reunião havia sido convocada para aprovar a substituição de dois membros do conselho. Mas o Casino, que representa a holding controladora do grupo, teria aproveitado para pedir a renúncia do empresário.
O Casino havia se mostrado descontente com a possível entrada de Diniz no conselho da BRF, uma das principais fornecedoras da varejista. A iniciativa teria sido considerada pelo grupo francês como conflito de interesses, já que a fabricante concorre com o Pão de Açúcar em produtos de marca própria.
No início deste mês, Abilio havia indicado dois nomes em substituição a Geyze Diniz e Pedro Paulo Diniz no conselho do grupo: Claudio Galeazzi e Luiz Fernando Figueiredo. Ambos foram aprovados pelos acionistas hoje.
Pedido do controlado
No voto-registro da Wilkes, representada pelo Casino, na assembleia de acionistas do GPA realizada hoje, o maior acionista do grupo deixa clara sua preocupação com o destino da varejista depois de uma possível entrada de Diniz na BRF:
"A presença do Sr. Abilio Diniz nas duas companhias causaria grande desconfiança na diretoria, nos demais conselheiros, nos acionistas e demais stakeholders de CBD (inclusive o acionista controlador). Tal cenário também colocaria a CBD em situação desconfortável no seu mercado de atuação, criando problemas de interlocução com os seus demais fornecedores relevantes dos produtos também fornecidos por BRF", diz o voto.
No voto, o controlador do grupo ainda afirmou que é "lamentável que o Sr. Abilio Diniz pretenda impor sua presença no Conselho apenas por razões pessoais" e que seu comportamento desde meados de 2012 "tem sido o de criar turbulência, ignorando o interesse da Companhia".
"Mesmo em circunstâncias normais ninguém é indispensável ou insubstituível. Mas neste caso, o Sr. Abilio Diniz é um acionista minoritário, que entretanto tenta impor sua presença apenas para obter benefícios privados", diz o documento.