Negócios

Carlos Ghosn queria recuperar dinheiro e obras de arte no Rio de Janeiro

Objetos podem representar evidências sobre as acusações de fraude financeira que incidem sobre ele, segundo documentos judiciais

Carlos Ghosn: promotores indiciaram empresário por sonegar informações (Regis Duvignau/Reuters)

Carlos Ghosn: promotores indiciaram empresário por sonegar informações (Regis Duvignau/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 14h38.

São Paulo/Tóquio- O presidente afastado do conselho de administração da Nissan Carlos Ghosn pretendia recuperar "pertences pessoais, documentos, dinheiro em espécie, objetos e obras de arte" de um apartamento no Rio de Janeiro que pode conter evidência sobre as acusações de fraude financeira que incidem sobre ele, segundo documentos judiciais.

O apartamento, que a Nissan afirma ser proprietária, contém "três cofres" que a montadora ainda não abriu, segundo os documentos encaminhados pelo grupo japonês à justiça brasileira na semana passada.

Um advogado de Ghosn, Jose Roberto de Castro Neves, afirmou à Reuters que ele não estava ciente da existência dos três cofres.

"Ele é um cara muito inteligente", disse Castro Neves em breve entrevista por telefone. "Se ele tivesse feito algo errado, ele não deixaria no apartamento."

Promotores de Tóquio indiciaram Ghosn nesta segunda-feira por sonegar informações sobre sua renda e abriram acusações formais contra a Nissan, tornam a empresa culpada pelo escândalo. Ghosn está preso em Tóquio.

Acompanhe tudo sobre:Carlos GhosnNissan

Mais de Negócios

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões