Câmera da Canon: políticas tornaram mais lucrativo para algumas fabricantes produzir e exportar de seu país de origem (Paul Thomas/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 19h35.
Tóquio - A Canon está migrando sua capacidade produtiva de volta ao Japão aparentemente devido às políticas de enfraquecimento do iene do primeiro-ministro Shinzo Abe, que tornaram mais lucrativo para algumas fabricantes produzir e exportar de seu país de origem.
Durante a crise financeira de 2008, a maior fabricante de câmeras do mundo foi afetada por sua dependência na produção doméstica com a valorização do iene - que reduziu seus ganhos no exterior e aumentou os custos trabalhistas - forçando a companhia a produzir mais em outros países.
A companhia está agora tentando reverter essa tendência, impulsionando empregos e operações fabris no Japão em uma iniciativa que vai contentar defensores das políticas econômicas de Abe, e diminuir a vantagem competitiva de rivais como Nikon Corp, que por muito tempo produz a maior parte de suas câmeras no exterior.
A Canon pretende elevar a proporção de produtos feitos no Japão de 42 para 50 por cento nos próximos três anos, disse à Reuters o presidente-executivo Fujio Mitarai em entrevista nesta quinta-feira, após dizer que estava "ansioso" pela futura desvalorização do iene.
"Neste momento temos capacidade ociosa em casa porque migramos gradualmente a produção para o exterior", disse Mitarai, citando primeiramente câmeras e fotocopiadoras. A Canon reduziu sua produção doméstica de mais de 60 por cento antes da crise de 2008 para 40 por cento em 2009.