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Camargo Corrêa Cimentos propõe fusão com a Cimpor

Oferta prevê a união das duas empresas com a aquisição de até 25% das ações da empresa portuguesa

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

A Cimpor (Cimentos de Portugal) divulgou nesta quarta-feira um comunicado em que afirma ter recebido da brasileira Camargo Corrêa uma proposta para a fusão de sua área de cimentos com a empresa portuguesa.

Se o negócio se concretizar, a Camargo Corrêa passaria a deter entre 15% e 25% do capital da Cimpor, descartando a possibilidade de adquirir mais de 50% dos papéis, uma posição que lhe daria o controle absoluto da empresa portuguesa.

Já os atuais acionistas da Cimpor teriam direito a repartir dividendos de até 350 milhões de euros gerados a partir da capitalização da Camargo Corrêa Cimentos pelo grupo Camargo Corrêa.

Segundo o comunicado, a Camargo Corrêa afirma que essa proposta serve apenas de base para o início das negociações com a empresa portuguesa. A Cimpor ainda não fez uma avaliação da proposta. "Neste momento não é possível à Cimpor emitir qualquer opinião ou entendimento sobre a viabilidade ou oportunidade da proposta recebida", diz a empresa portuguesa. (Continua)


A oferta da CSN foi rejeitada pelo conselho de administração da Cimpor, mas ainda não foi avaliada individualmente por cada um dos acionistas. Para ser levada adiante, depende da adesão dos detentores de ao menos 50,01% dos papéis.

O capital da empresa portuguesa, hoje, está distribuído entre Teixeira Duarte (23%), Lafarge (17%), Manuel Lino (11%), Banco Comercial Português (10%) e Caixa Geral de Depósitos (10%). A Lafarge já manifestou publicamente a intenção de vender sua participação, mas ainda não avaliou a proposta da CSN.

O mercado teme que a CSN seja obrigada a elevar a oferta para conquistar a adesão dos acionistas. Esse movimento poderia elevar excessivamente a dívida líquida da siderúrgica, que hoje está em 5,9 bilhões de reais. Uma das soluções para reduzir o endividamento seria o tão aguardado IPO da divisão de mineração que deve ser criada pela empresa e que deve reunir os ativos da Namisa e da Casa de Pedra.

No entanto, os investidores também não veem muito sentido na estratégia da CSN de investir tão pesadamente no setor de cimento, já que outras atividades em que atua, como o minério de ferro, proporcionam margens bem maiores.

A aquisição da Cimpor, no entanto, daria escala para o negócio de cimento da CSN, que começou a ser tocado recentemente. A empresa estima ter produzido 300 mil toneladas de cimento em 2009 e espera chegar a 2011 com 2,5 milhões de toneladas anuais. A Cimpor produz 36 milhões de toneladas e é a décima maior do mundo no setor, com importante participação em mercados emergentes.

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