Cade aprova operação entre Reckitt Benckiser e Johnson
Trata-se da aquisição pela Reckitt Benckiser da totalidade dos direitos, títulos e participações aos ativos associados à marca KY, de lubrificantes íntimos
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 15h50.
Brasília - A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica ( Cade ) aprovou, sem restrições, ato de concentração entre Reckitt Benckiser (Brasil) Ltda. e Johnson & Johnson do Brasil Indústria e Comércio de Produtos para Saúde Ltda.
Trata-se da aquisição da totalidade dos direitos, títulos e participações aos ativos associados à marca KY, de lubrificantes íntimos, detidos atualmente pela Johnson & Johnson do Brasil, para a Reckitt Benckiser.
A aprovação está presente em despacho publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 03.
Análise da Superintendência Geral do Cade verificou sobreposição horizontal na operação, relativa à atividade de produção e comercialização de lubrificantes íntimos em território nacional.
Quanto à possível integração vertical, a análise da Superintendência lembrou que a Reckitt Benckiser ingressou recentemente no mercado brasileiro com uma linha de preservativos, sob a marca Durex.
"Considerando que os lubrificantes KY e os lubrificantes utilizados em preservativos são produtos com propósitos distintos, não há, de fato, qualquer integração vertical entre as atividades conduzidas entre a Reckitt Benckiser e as linhas de produto KY no Brasil", cita a documentação.
Diante dessa análise e também considerando o crescimento do mercado, a grande quantidade de concorrentes, a existência de flexibilidade pelo lado da oferta entre os fabricantes dos diversos produtos analisados e o baixo porcentual de acréscimo proporcionado pela Reckitt Benckiser, a Superintendência Geral do Cade concluiu que os incentivos para o exercício de poder de mercado são baixos, com ausência de efeitos anticompetitivos.