Rompimento de barragem: BHP pleiteia responsabilidade da Vale na Corte de Londres (DOUGLAS MAGNO/AFP/Getty Images)
Rodrigo Caetano
Publicado em 3 de novembro de 2021 às 12h00.
Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 12h30.
A mineradora Vale marca presença na COP26 com com a vice-presidente de sustentabilidade Malu Pinto e Paiva. O objetivo da empresa é estar perto das discussões de mudança climática para consolidar suas ações e pensar em inovações.
Em entrevista exclusiva à EXAME, a executiva reforçou compromissos como atingir 100% de autoprodução a partir de fontes renováveis no Brasil até 2025 e 100% do consumo de eletricidade renovável globalmente até 2030. "Já temos muitos investimentos em impactos eólicos e solares", diz Pinto e Paiva.
Além disso, ela comentou sobre a transformação da empresa. "O que me atraiu na Vale foi a transformação pela qual a empresa está passando. Sem dúvida Brumadinho foi um ponto de inflexão na história da empresa, que percebeu que tem que mudar o seu modelo de gestão e negócio e, neste momento, se começa a transfomração cultural que tem como meta colocar o indivíduo e a segurança no centro desse modelo", afirma.
Para ela, as ações evoluirão sempre com parceiras com fornecedores e clientes. "Ajudamos o cliente a reduzir as suas emissões e para isto precisamos de interesse de todo o mercado. Além disso, há uma governança firme para acompanhamento dos projetos de sustentabilidade em escopo 1, 2 e 3", afirma.
A estratégia social é outro pilar, que terão as metas anunciadas em dezembro para serem cumpridas até 2050. "A transformação é cultural e fazemos o Novo Pacto para a Sociedade, que acolhe questões sociais e ambientas para transformar o futuro juntos”.
Em relação à mineração, há uma busca por diminuir o impacto para da empresa de olho também no mercado de carbono, sociedade e sustentabilidade como um todo.
Veja abaixo a entrevista completa.
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera.
Uma das principais tarefas da COP é revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados por todos os países membros e, com base nessas informações, avaliar os progressos feitos e as medidas a serem tomadas.
Para além disto, líderes empresariais, sociedade civil e mais, se unem para discutir suas participações no tema. Neste cenário, a EXAME atua como parceira oficial da Rede Brasil do Pacto Global, da Organização das Nações Unidas.