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BRF: Assembleia é adiada para as 16h, para computação de votos a distância

Assembleia deveria ter começado às 11h; executivos informaram que escolha seria feita pelo voto múltiplo, não mais por chapa

BRF: segundo CEO da empresa, já haviam sido enviados por volta de 13% do total dos votos (foto/Divulgação)

BRF: segundo CEO da empresa, já haviam sido enviados por volta de 13% do total dos votos (foto/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2018 às 16h06.

Itajaí (SC) - A assembleia de acionistas da BRF para a escolha do novo conselho de administração deve ser retomada a partir das 16h, informou nesta quinta-feira, 26, o diretor financeiro da companhia e atual CEO, Lorival Luz Jr.

Segundo ele, o conselho ainda está computando os votos a distância enviados antecipadamente, sobretudo os dos investidores estrangeiros. Segundo o executivo, já haviam sido enviados por volta de 13% do total dos votos.

A assembleia deveria ter começado às 11h e, até então, deveria ser feita por chapa e não por nomes individuais. No entanto, após um atraso inicial de mais de uma hora, executivos e membros do conselho informaram aos acionistas e seus representantes presentes que haveria uma mudança e que a escolha seria feita pelo voto múltiplo.

"Hoje às 10h50 recebemos ofício da CVM solicitando a implementação novamente de voto múltiplo, dado que a companhia já tinha se preparado para o sistema de chapa. Estamos agora procedendo as alterações para seguir com o voto múltiplo", disse Luz mais cedo. A perspectiva inicial era de que a reunião fosse retomada às 14h. Mas o novo adiamento foi informado agora.

A mudança da dinâmica provocou dúvidas entre os presentes, que ainda buscam esclarecimentos e conversam sobre o processo na sede da empresa em Itajaí, Santa Catarina.

O gestor da Aberdeen no Brasil, Peter Taylor, diz que a falta de clareza nos regras atrapalha os processos. A gestora de Taylor foi a responsável pelo pedido inicial de voto múltiplo e pela retirada da solicitação na manhã de quarta-feira, 25.

Advogados presentes afirmaram que a escolha por voto múltiplo pode ter implicações futuras no conselho e regras distintas caso haja, por exemplo, uma destituição. "Não está muito claro, mas caso alguém seja tirado do conselho, todo o colegiado precisa passar por uma nova eleição", disse uma fonte.

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