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Braskem vê melhora em demanda brasileira por petroquímicos

Mais cedo, a petroquímica divulgou um lucro líquido não auditado de 1,9 bilhão de reais para o primeiro trimestre

Braskem: empresa afirma que demanda petroquímica do país está melhor, com destaque para os setores automotivo e de construção civil (Braskem/Odebrecht/Divulgação)

Braskem: empresa afirma que demanda petroquímica do país está melhor, com destaque para os setores automotivo e de construção civil (Braskem/Odebrecht/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 15 de maio de 2017 às 12h17.

São Paulo - A Braskem está percebendo uma melhora na demanda brasileira por produtos petroquímicos, com destaque para os setores automotivo e de construção civil, afirmou o presidente da companhia nesta segunda-feira.

"A demanda cresceu 5 por cento (do mercado brasileiro no primeiro trimestre). Já dá para notar alguns setores mais otimistas e isso está se traduzindo em aumento de volume concreto, com destaque para setor automotivo", disse o presidente da Braskem, Fernando Musa, em teleconferência com jornalistas.

Ele se referiu especificamente ao aumento das exportações do setor automotivo, que no primeiro quadrimestre deste ano acumula crescimento de 64 por cento sobre o volume embarcado um ano antes.

Musa também comentou sobre o mercado interno de PVC, um dos principais produtos da Braskem e usado em áreas como tubulações residenciais. Segundo o executivo o segmento teve aumento "expressivo" de demanda no primeiro trimestre, "o que é indicação de que mercado de construção civil aos pouquinhos está se recuperando".

A Braskem divulgou mais cedo lucro líquido não auditado de 1,9 bilhão de reais para o primeiro trimestre, cerca de duas vezes e meia acima do resultado positivo obtido um ano antes, apoiado em fatores que incluíram aumento de preços de resinas no Brasil.

O presidente da petroquímica afirmou durante a teleconferência que os spreads petroquímicos, diferença entre os preços de matéria-prima e o produto final, foram "absolutamente excepcionais" no primeiro trimestre, mas que estão se normalizando no segundo trimestre com a partida de novas fábricas em mercados como Estados Unidos.

Questionado sobre as negociações de sua controladora, Odebrecht com credores, Musa comentou que a Braskem vai manter seus planos de investimento independente das discussões do controlador.

Mais cedo, a Reuters publicou que bancos decidiram aumentar a pressão sobre a Odebrecht e que a empresa aceitou entregar aos credores todos os dividendos da Braskem.

Segundo Musa, auditores da Braskem estão perto de finalizar trabalho sobre o balanço da companhia de 2016 e a expectativa do executivo é que os números da Braskem divulgados até agora não precisem ser revistos. A empresa adiou em fevereiro a divulgação do balanço auditado do ano passado. Na época, a petroquímica informou que fechou o quarto trimestre de 2016 com prejuízo de 2,637 bilhões de reais.

"O foco (do trabalho dos auditores) está ao redor dos controles internos. A análise envolve procedimentos de 2016 e por isso ainda não podemos ter o número revisado do primeiro trimestre", disse Musa. "Não temos nenhuma expectativa de ajuste de números em função do trabalho dos auditores", acrescentou. Ele afirmou ainda que a empresa deve divulgar em 18 de maio quando vai entregar a autoridades dos EUA o documento conhecido como formulário 20-F, com as informações financeiras de 2016.

Às 12:01, as ações da Braskem subiam 1 por cento, a 34,32 reais, após terem avançado quase 4 por cento na máxima até o momento mais cedo. O Ibovespa tinha acréscimo de 0,2 por cento.

Em nota a clientes, analistas do BTG Pactual citaram que os números do primeiro trimestre da Braskem, apesar de não auditados, mostraram outro período de performance operacional saudável da empresa no Brasil, com alta nas vendas do mercado doméstico.

Já analistas do Santander Brasil comentaram que os números do trimestre passado da Braskem superaram levemente as estimativas e afirmaram que o momento positivo de desempenho da empresa deve prosseguir no atual trimestre.

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