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Braskem planeja construir complexo petroquímico na Venezuela

A empresa brasileira vai entrar diretamente com US$ 430 milhões para a construção de um complexo petroquímico de US$ 2,5 bilhões

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A Braskem, maior petroquímica brasileira, anunciou hoje que firmou acordo com a Pequiven, a maior da Venezuela, para a formação de duas joint ventures para implantar no país vizinho o complexo petroquímico de José. Um dos projetos prevê a construção de um "cracker" (transformador) de etano a partir de gás natural. O "cracker terá capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas de eteno por ano e 1,1 milhão de toneladas de polietileno. O investimento estimado alcança US$ 2,5 bilhões. O segundo projeto envolve a construção de uma planta de polipropileno com capacidade de 450 mil toneladas por ano no mesmo complexo. A idéia inicial era construir essa planta na região de El Tablazo, mas o projeto foi alterado. O investimento previsto é de US$ 370 milhões.

Braskem e Pequiven deverão bancar 30% do complexo cada uma. Os outros 70% serão financiados por meio de "project finance" com órgãos multilaterais de crédito, bancos de crédito para exportação, bancos de fomento e instituições financeiras privadas. Dessa forma, o desembolso da Braskem estimado para esses dois projetos é de US$ 430 milhões num prazo de quatro anos. A Braskem e a Pequiven lançaram hoje a pedra fundamental do empreendimento. O começo da operação dos projetos está previsto somente para 2011, com exceção da planta de propileno, que iniciaria suas atividades já em 2009. A criação das joint ventures deverá ser concluída nos próximos 90 dias com a aprovação do negócio pelos conselhos de administração das duas empresas.

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O complexo faz parte da estratégia de crescimento internacional da Braskem, que já possui filiais de distribuição na Argentina, Estados Unidos e Europa. O interesse na Venezuela surgiu devido às reservas do país vizinho de gás natural e petróleo, que entre as mais abundantes do mundo. "Esse projeto alia escala mundial de produção, tecnologia atualizada e acesso a matéria-prima em condições diferenciadas, resultando em custos de produção mais competitivos e melhor rentabilidade para nossa empresa", disse José Carlos Grubisich, presidente da Braskem.

A produção do complexo será destinada a atender a demanda venezuelana e também outros mercados da América e Europa. A Pequiven também planeja construir uma unidade de desidrogenação de propano para produção de 465 mil toneladas de propeno no complexo. Já a PDVSA Gás construirá unidades para a extração de 1,8 milhão de toneladas por ano de etano. Os investimentos totais em José poderão alcançar US$ 5 bilhões.

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