A operação de aumento de capital da petroquímica Braskem, oficializada nesta sexta-feira, deve envolver a emissão de 243 milhões a 347 milhões de ações, conforme a adesão dos acionistas minoritários. Com isso, o número de ações da empresa deve saltar das atuais 519 milhões de ações para mais de 760 milhões de ações, informou o presidente da Braskem, Bernardo Gradin. Desse total de novos papéis serão emitidos 80% de ações ordinárias e 20% de ações preferenciais.

O aumento de capital que deve movimentar entre R$ 3,5 bilhões e R$ 5 bilhões e será necessário para equacionar a incorporação da Quattor, da Unipar Comercial e da Polibutenos, além de garantir a saúde financeira necessária para que a Braskem mantenha seu plano de investimentos que prevê novos aportes no Brasil e no exterior. De acordo com Newton de Souza, diretor executivo da Odebrecht S.A., acionista da petroquímica, a Braskem sairá da operação com caixa de R$ 9 bilhões após o aumento de capital.

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou que a operação anunciada hoje, além de alinhar a atuação da estatal ao que é feito por outras petrolíferas do mundo, que investem maciçamente no setor petroquímico, também representa a indicação da Braskem como grande ativo do setor no País. "A Braskem foi o veículo escolhido para o setor", afirmou o executivo, para em seguida ressaltar que a meta da petroquímica brasileira será assumir uma posição entre as cinco maiores empresas do setor no mundo até 2020. Com a operação, a Braskem assumirá a posição de 11ª maior produtora mundial de eteno e oitava maior fabricante de resinas do mundo.