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Brasil Foods já estava pronta para guerra jurídica, diz presidente da empresa

Em entrevista à Folha de S.Paulo, presidente da empresa admite que estratégia jurídica já estava sendo preparada e adianta planos para repor seu faturamento

José Antônio do Prado Fay, presidente da Brasil Foods (Raul Júnior/VOCÊ S.A.)

José Antônio do Prado Fay, presidente da Brasil Foods (Raul Júnior/VOCÊ S.A.)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2011 às 09h47.

São Paulo - Às vésperas do julgamento da fusão entre Sadia e Perdigão, a Brasil Foods, empresa resultante da união das concorrentes no setor de alimentos, já estava pronta para uma guerra na Justiça informa a Folha de S.Paulo deste sábado.

"Em vários momentos pensei que não haveria acordo e que iríamos para a Justiça. Já estávamos preparando a questão jurídica, era uma realidade", disse José Antonio Fay, presidente da companhia em entrevista publicada pelo jornal neste sábado (16).

Um dos maiores julgamentos já realizados pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a fusão entre as duas empresas resultou em um acordo no qual a Brasil Foods se compromete a vender R$ 1,7 bilhão em ativos e marcas, o equivalente a 7,5% do faturamento da companhia hoje. À Folha, Fay adiantou parte de seus planos para a companhia.

"Não temos limites para refazer nossa capacidade", disse Fay ao jornal confirmando que uma das principais estratégias agora será a de construir novas fábricas no país. "Assim como [podemos fazer] aquisições fora do Brasil, o que seria mais fácil para repor faturamento."

Ao menos três empresas - Marfrig, Tyson e JBS - e dois fundos já sondaram a Brasil Foods interessadas em adquirir o espólio do acordo com o Cade. As vendas, no entanto, segundo a Brasil Foods, só acontecem em 2012.

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