A Brahma ganhou novo rótulo e garrafa e mais duas linhas de produção, uma na Bélgica e outra na Rússia. As mudanças chegam para o lançamento mundial da cerveja brasileira, a segunda de maior consumo no Brasil. A partir de abril, a bebida será vendida em mais nove países, além dos oito latino-americanos onde já é consumida. Ainda em 2005, outros 15 países conhecerão a cerveja, entre eles Dinamarca, Espanha e Austrália. Além do mercado brasileiro, a Brahma já está na Argentina, Venezuela, Paraguai, Guatemala, Nicarágua, Equador e El Salvador.

A versão da Brahma para exportação um pouco mais leve que a versão tradicional será fabricada em uma das linhas de produção em Jacareí (SP). A fábrica no interior paulista recebeu 10 milhões de reais em investimentos para fabricar o produto que seguirá para Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Da nova fábrica na Bélgica, a cerveja sairá para as prateleiras e restaurantes da França, Luxemburgo,Holanda e também da Bélgica.A produção na Rússiaabastecerá o mercado russo e ucraniano. Na Rússia e na Bélgica, a Ambev assinou contratos de licenciamento para permitir a produção local.

Marketing

A despeito das diferentes procedências da cerveja, o rótulo traz estampado Rio de Janeiro. A origem pode ser explicada pela campanha de marketing criada para valorizar a imagem do produto. A Ambev quer mostrar que a Brahma é resultado do talento, da criatividade e da ginga do brasileiro. A inspiração não poderia ser outra além da Cidade Maravilhosa, um dos pontos turísticos no Brasil mais conhecidos pelos estrangeiros. "A arte brasileira, em especial a música, será um dos principais pilares da marca no exterior", afirma comunicado à imprensa da Ambev.

Marcas globais

A Brahma é uma das três cervejas da InBev a companhia criada com a compra da Ambev (5ª no ranking de Melhores & Maiores 2004) pela belga Interbrew escolhidas para serem marcas globais. (Leia também reportagem de capa de EXAME sobre a operação entre a Interbrew e a Ambev que criou a InBev.)
A belga Stella Artois e a alemã Beck's já vêm sendo introduzidas em outros mercados. A entrada das duas cervejas no Brasil ainda não tem data certa. Segundo o presidente da Ambev, Luiz Fernando Edmond, estão sendo feitos estudos para verificar a aceitação das duas marcas pelo brasileiro. Na Argentina, a Stella Artois entrou para substituir a holandesa Heineken assim que essa marca encerrou um acordo com a Quilmes, empresa do grupo Ambev.

Diferentemente do posicionamento no mercado brasileiro, a Brahma entra nos mercados europeu, norte-americano e russo na categoria premium. O preço estimado de venda ao consumidor em restaurantes ficará entre 3 e 4 euros. "Será um preço intermediário entre a Stella Artois e a Beck's", afirma Edmond.

Para quem quer conhecer a Brahma tipo exportação, já fica um aviso. A cerveja que sofreu algumas alterações em razão da conservação na garrafa transparente não será vendida na América Latina.