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Bradespar deve vender ações da CPFL no futuro, diz corretora SLW

Braço de investimentos do Bradesco deve esperar apenas a recuperação do mercado para se desfazer das ações

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 14h33.

A Bradespar, braço de investimentos em empresas do Bradesco, só aguarda um melhor momento no mercado para efetuar a venda de suas ações da CPFL, na opinião dos analistas da corretora SLW. A empresa possui participações acionárias em apenas duas empresas atualmente: a CPFL e a Vale. Na CPFL, a participação equivale 8,97% do capital total. Para a SLW, essas ações serão vendidas assim que o mercado se recuperar, gerando um lucro maior para a Bradespar.

A mudança na estrutura societária da CPFL Energia começou com a saída da Bradespar do bloco de controle. A CPFL é controlada pela holding VBC, que agora é detida apenas pela Camargo Corrêa, já que a Votorantim vendeu sua participação há cerca de dez dias. Ao deixar a VBC, a Bradespar passou a deter uma participação direta na companhia elétrica, condição esta preponderante para o plano de saída por meio de uma oferta de ações.

Em relação ao valor justo para as ações ordinárias da CPFL, a corretora trabalha com um preço alvo de 48 reais por papel. Com base neste preço o valor obtido na venda atingiria 2,1 bilhões de reais, o que resultaria num valor de 5,90 reais por ação a ser distribuído aos acionistas da Bradespar.

De acordo com a corretora SLW, ao finalizar a venda das ações da CPFL, a Bradespar vai se deparar com uma importante escolha: ou vende sua participação acionária na Vale, que equivale a 5,7% do capital total, e encerra suas atividades ou terá que buscar uma reposição em sua carteira de ativos, uma vez que manter a estrutura de custos com uma participação somente na Vale não seria viável.

A SLW recomenda a compra das ações preferenciais da Bradespar com um preço justo de 46,85 reais. Às 14h28, os papéis eram negociados a 26,70 reais na Bovespa, uma baixa de 0,52%.

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