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Bradesco promete ser competitivo para acelerar crédito

Banco sinalizou que usará taxas competitivas de juros após um crescimento modesto da carteira de crédito no primeiro trimestre

Agência do Bradesco: carteira de financiamentos do banco cresceu 10,4% no primeiro trimestre (Adriano Machado/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 16h22.

São Paulo - O Bradesco sinalizou nesta quinta-feira que usará taxas competitivas de juros na concessão de crédito após um crescimento modesto da carteira no primeiro trimestre ocorrido em um cenário de desaceleração da economia doméstica.

No primeiro trimestre, a carteira de financiamentos do banco cresceu 10,4 por cento, quase no piso do intervalo previsto para 2014, de entre 10 e 14 por cento.

"Houve uma recuperação (no crédito) a partir de março e acreditamos que isso se prolongue nos próximos trimestres", disse o presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, em teleconferência com jornalistas.

"Prevemos que ao longo do ano evoluamos para o centro da margem prevista", adicionou o diretor executivo Luiz Carlos Angelotti, afirmando que o banco vai oferecer taxas competitivas, mas sem dar detalhes.

Por outro lado, os executivos também previram melhora da margem financeira com juros, cujo crescimento anual foi de 4,2 por cento no trimestre ante meta fixada de 6 a 10 por cento para 2014.

Os objetivos aparentemente contraditórios expõem o desafio dos bancos privados de equilibrar rentabilidade e crescimento diante de rivalidade com os bancos estatais.

Após seguidas elevações dos juros pelo Banco Central desde o ano passado para conter a inflação, a taxa básica da economia está em 11 por cento ao ano.

Em outra frente, a pesquisa Focus do BC com instituições financeiras mostrou nesta semana piora na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2014. De dezembro para cá, a previsão de alta caiu de 2 para cerca de 1,6 por cento.

Na ponta positiva, o Bradesco viu seu índice de inadimplência cair a 3,4 por cento, o menor nível em cinco anos. O banco também viu queda das despesas administrativas, o que ajudou na alta de 18 por cento no lucro de janeiro a março. O lucro recorrente também veio pouco acima da média das previsões do mercado.

Às 14h41, a ação do Bradesco subia 1,6 por cento, a 33,53 reais, enquanto o Ibovespa avançava 0,11 por cento, refletindo avaliação ligeiramente otimista do balanço do banco por analistas do setor.

"A primeira leitura foi de um resultado forte. Carteira, margens e tesouraria continuam pressionadas. Mas do outro lado, o banco fez bom trabalho em receita de serviços e em custos e manteve a qualidade de ativo sob controle", comentaram os analistas do BTG Pactual, em nota a clientes.

"Itens fundamentais, como o crescimento do crédito, as margens e despesas de provisão tiveram melhora suave", afirmou o analista do Goldman Sachs, Carlos Macedo, para quem a melhora do índice de eficiência deve apoiar resultados em 2014, mesmo que as margens sigam fracas.

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São Paulo - O Bradesco sinalizou nesta quinta-feira que usará taxas competitivas de juros na concessão de crédito após um crescimento modesto da carteira no primeiro trimestre ocorrido em um cenário de desaceleração da economia doméstica.

No primeiro trimestre, a carteira de financiamentos do banco cresceu 10,4 por cento, quase no piso do intervalo previsto para 2014, de entre 10 e 14 por cento.

"Houve uma recuperação (no crédito) a partir de março e acreditamos que isso se prolongue nos próximos trimestres", disse o presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, em teleconferência com jornalistas.

"Prevemos que ao longo do ano evoluamos para o centro da margem prevista", adicionou o diretor executivo Luiz Carlos Angelotti, afirmando que o banco vai oferecer taxas competitivas, mas sem dar detalhes.

Por outro lado, os executivos também previram melhora da margem financeira com juros, cujo crescimento anual foi de 4,2 por cento no trimestre ante meta fixada de 6 a 10 por cento para 2014.

Os objetivos aparentemente contraditórios expõem o desafio dos bancos privados de equilibrar rentabilidade e crescimento diante de rivalidade com os bancos estatais.

Após seguidas elevações dos juros pelo Banco Central desde o ano passado para conter a inflação, a taxa básica da economia está em 11 por cento ao ano.

Em outra frente, a pesquisa Focus do BC com instituições financeiras mostrou nesta semana piora na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2014. De dezembro para cá, a previsão de alta caiu de 2 para cerca de 1,6 por cento.

Na ponta positiva, o Bradesco viu seu índice de inadimplência cair a 3,4 por cento, o menor nível em cinco anos. O banco também viu queda das despesas administrativas, o que ajudou na alta de 18 por cento no lucro de janeiro a março. O lucro recorrente também veio pouco acima da média das previsões do mercado.

Às 14h41, a ação do Bradesco subia 1,6 por cento, a 33,53 reais, enquanto o Ibovespa avançava 0,11 por cento, refletindo avaliação ligeiramente otimista do balanço do banco por analistas do setor.

"A primeira leitura foi de um resultado forte. Carteira, margens e tesouraria continuam pressionadas. Mas do outro lado, o banco fez bom trabalho em receita de serviços e em custos e manteve a qualidade de ativo sob controle", comentaram os analistas do BTG Pactual, em nota a clientes.

"Itens fundamentais, como o crescimento do crédito, as margens e despesas de provisão tiveram melhora suave", afirmou o analista do Goldman Sachs, Carlos Macedo, para quem a melhora do índice de eficiência deve apoiar resultados em 2014, mesmo que as margens sigam fracas.

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