Boeing que caiu na Etiópia é o avião comercial mais vendido do mundo
Valor de cada unidade oscila entre 99,7 milhões e 129 milhões de dólares; alcance é de 6.610 a 7.130 quilômetros
AFP
Publicado em 10 de março de 2019 às 11h37.
Última atualização em 21 de março de 2019 às 16h26.
O Boeing 737 MAX, a aeronave da Ethiopian Airlines que caiu neste domingo (10) causando a morte de seus 157 ocupantes, é a versão mais recente do avião comercial mais vendido no mundo.
Depois de realizar seu primeiro voo em janeiro de 2016, a quarta geração de 737 destinada a voos curtos e de médio alcance começou a ser entregue há dois anos.
No final de janeiro, 350 unidades do novo bimotor de corredor único foram entregues a seus compradores, do total de 5.011 pedidos registrados pela Boeing, informa o site da empresa.
Em 2019, a Boeing pretende aumentar o ritmo de produção de 737 para passar de 52 para 57 unidades por mês.
Após o acidente de um primeiro 737 MAX da companhia Lion Air, na Indonésia, em 29 de outubro de 2018, a comunidade aeronáutica se interrogou sobre a falta de informação das companhias e dos pilotos sobre seu novo sistema de aviso de entrada em perda de sustentação.
Também houve questionamentos sobre uma possível falha das sondas que captam a velocidade, assim como sobre a duração da formação de pilotos para se habituar ao novo sistema, considerada curta.
O programa 737 MAX tem quatro variações, em função do número de assentos disponíveis: MAX 7 (172 assentos), MAX 8 (210), MAX 200 (220) e MAX 9 (230), acrescenta a página institucional.
O valor de cada unidade oscila entre 99,7 milhões e 129 milhões de dólares. Seu alcance é de 6.610 a 7.130 quilômetros, diz a Boeing.
Tanto no caso do acidente da Ethiopian Airlines como no da Lion Air, tratou-se de um 737 MAX 8.
Se forem consideradas todas as gerações, o Boeing 737, cujo primeiro voo data de 1967, teve 10.000 unidades fabricadas, um número recorde para um aparelho destinado a voos comerciais.