BNDES: banco disse que devolverá recursos ao Tesouro Nacional (Nacho Doce/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de agosto de 2019 às 18h34.
Última atualização em 2 de agosto de 2019 às 18h37.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou nesta sexta-feira, 2, que antecipará o pagamento de mais R$ 40 bilhões ao Tesouro Nacional, conforme o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, noticiou mais cedo.
No último dia 16, o novo presidente do banco de fomento, Gustavo Montezano, prometeu devolver todos os recursos tomados pela instituição junto à União até o fim do seu mandato.
O BNDES já havia devolvido R$ 40 bilhões ao Tesouro em maio, restando R$ 86 bilhões a serem pagos até dezembro pelo que já havia sido solicitado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Com a autorização para a devolução de mais R$ 40 bilhões agora, o BNDES enviará um ofício ao Tesouro informando a aprovação do pré-pagamento e submetendo a decisão a Guedes.
Os recursos devem ser usados exclusivamente para o abatimento da dívida pública. O BNDES lembrou, em nota, que já considerando os valores anunciados nesta sexta, o volume de recursos devolvidos ao Tesouro desde o final de 2015 soma R$ 380 bilhões.
A expectativa é de que outros R$ 46 bilhões também sejam pagos até dezembro para se chegar aos R$ 126 bilhões negociados para 2019.
Também no dia 16 de julho, Montezano afirmou que restariam ainda cerca de R$ 270 bilhões a serem devolvidos nos próximos três anos. Além disso, o BNDES possui R$ 36 bilhões em instrumentos híbridos de crédito e dívida (IHCDs) que só deverão ser pagos ao Tesouro após a devolução total dos aportes.
O Conselho de Administração do BNDES também aprovou nesta sexta as indicações de quatro novos diretores: Saulo Puttini para Assuntos Jurídicos; Petrônio Cançado para Crédito e Garantia; Leonardo Cabral para Privatizações; e Fábio Abrahão para Infraestrutura.