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Barclays escolhe Dublin como sede na UE após Brexit, dizem fontes

O banco começou a procurar espaço de escritório na cidade neste mês e entrou em contato com órgãos reguladores irlandeses para expandir suas operações

Barclays: os bancos internacionais começaram a revelar mais detalhes de seus planos para transferir empregos e estabelecer novos escritórios dentro da UE (Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 17h29.

O Barclays escolheu Dublin como sua sede principal dentro da União Europeia após o Brexit e planeja contratar cerca de 150 funcionários por lá se as empresas financeiras com sede no Reino Unido perderem o acesso fácil ao bloco comercial, segundo pessoas com conhecimento da decisão.

O banco começou a procurar espaço de escritório na cidade neste mês e entrou em contato com órgãos reguladores irlandeses para expandir suas operações, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque os planos não são públicos.

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O Barclays está levando planos de contingência adiante para poder continuar atendendo os clientes da UE caso a primeira-ministra Theresa May não consiga fechar um acordo de transição ou permanente que preserve o acesso a Londres dentro do período de renegociação de dois anos.

“Esclarecemos repetidas vezes que planejaremos uma série de contingências relacionadas ao Brexit, incluindo a construção de uma capacidade maior nas nossas operações existentes em Dublin”, informou o banco em comunicado.

“A identificação dos espaços de escritórios disponíveis é parte necessária e previsível desse processo de planejamento contingencial.”

Os bancos internacionais começaram a revelar mais detalhes de seus planos para transferir empregos e estabelecer novos escritórios dentro da UE depois que May indicou na semana passada que tirará o Reino Unido do mercado único e buscará outros acordos.

As instituições financeiras estão mais preocupadas com um Brexit “perigoso”, cenário no qual todo o acesso é eliminado após dois anos.

Entre os funcionários do Barclays transferidos ou contratados em Dublin podem estar gerentes seniores, especialistas em derivativos, traders de câmbio e profissionais de compliance e de recursos humanos, disse uma das pessoas.

O banco não decidiu quando os funcionários serão transferidos ou as novas contratações serão realizadas e o cronograma é determinado pelo avanço das negociações após o acionamento do Artigo 50, no fim de março, que iniciará o período de dois anos do processo formal de saída.

O banco já possui cerca de 100 funcionários na divisão da Irlanda, que é administrada por Sasha Wiggins de seu escritório na parte sul do centro da cidade. Um porta-voz do Barclays preferiu não comentar os planos para a equipe.

O “plano A” com que o Barclays trabalha prevê o fechamento de um acordo e também que as instituições financeiras britânicas não terão que realocar serviços como liquidação de euros em subsidiárias que estejam dentro da UE, disse uma das pessoas.

No entanto, devido à falta de clareza, os executivos precisam se preparar para o pior, disseram as pessoas.

O banco estima que o planejamento de contingências iniciais custará cerca de 15 milhões de libras, incluindo comissões para advogados e agentes imobiliários, disseram as pessoas.

O Standard Chartered também abordou as autoridades irlandesas para transformar Dublin em sua base legal dentro da UE, disseram pessoas familiarizadas com as discussões em dezembro, enquanto o Credit Suisse estaria analisando opções de expansão na cidade.

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