Bancos públicos devem ter resultados fracos, diz Fitch
Segundo a agência, a expectativa de contínua desaceleração do crédito e o aumento da inadimplência devem levar os bancos a terem resultados ainda mais fracos
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2016 às 16h38.
São Paulo - A expectativa de contínua desaceleração do crédito e o aumento da inadimplência devem levar os bancos controlados pelo governo brasileiro a terem resultados operacionais ainda mais fracos em 2016, afirmou nesta quinta-feira a Fitch Ratings .
Segundo a agência de classificação de risco de crédito, o ano é desafiador para todo o sistema bancário do país, mas a combinação de expansão acelerada nos últimos anos, a menor rentabilidade e a capacidade mais fraca de geração interna de capital deixam Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal ainda mais vulneráveis.
Devido à maior exposição a segmentos de maior risco, a Caixa é a que deve apresentar os resultados operacionais mais fracos dos três, diz a Fitch.
O banco, maior concessor de crédito imobiliário do país, já viu suas despesas de provisionamento ultrapassarem o lucro operacional, resultando em prejuízo operacional em 2015.
No relatório, a Fitch aponta que o índice de rentabilidade sobre ativos da Caixa (0,6 por cento) e do BNDES (0,7 por cento) foram os mais baixos em dez anos, enquanto o do BB (1,1 por cento) ficou ligeiramente acima de 2014, devido a lucro não recorrente gerado pela criação de uma empresa de cartões e a um ganho tributário pontual.
"Pelas projeções da Fitch, o PIB brasileiro encolherá 3,5 por cento e o desemprego continuará crescendo em 2016, mantendo a alta das despesas de provisionamento nos segmentos de varejo e corporativo", diz trecho do documento, apontando também que o lucro operacional antes de provisões deve seguir fraco, pois a expansão real do crédito será baixa, de 3 a 6 por cento no caso do BB e de 7 a 11 por cento para a Caixa.
No cenário base, a Fitch avalia que a capitalização desses bancos devem se manter acima das exigências mínimas, mas que o ambiente operacional adverso pode adicionar pressões sobre o capital a partir de 2018.
A Fitch disse ainda que uma pressão do governo forçar os bancos a elevar a oferta de crédito na tentativa de estimular a atividade econômica, pioraria ainda mais a qualidade dos ativos.
São Paulo - A expectativa de contínua desaceleração do crédito e o aumento da inadimplência devem levar os bancos controlados pelo governo brasileiro a terem resultados operacionais ainda mais fracos em 2016, afirmou nesta quinta-feira a Fitch Ratings .
Segundo a agência de classificação de risco de crédito, o ano é desafiador para todo o sistema bancário do país, mas a combinação de expansão acelerada nos últimos anos, a menor rentabilidade e a capacidade mais fraca de geração interna de capital deixam Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal ainda mais vulneráveis.
Devido à maior exposição a segmentos de maior risco, a Caixa é a que deve apresentar os resultados operacionais mais fracos dos três, diz a Fitch.
O banco, maior concessor de crédito imobiliário do país, já viu suas despesas de provisionamento ultrapassarem o lucro operacional, resultando em prejuízo operacional em 2015.
No relatório, a Fitch aponta que o índice de rentabilidade sobre ativos da Caixa (0,6 por cento) e do BNDES (0,7 por cento) foram os mais baixos em dez anos, enquanto o do BB (1,1 por cento) ficou ligeiramente acima de 2014, devido a lucro não recorrente gerado pela criação de uma empresa de cartões e a um ganho tributário pontual.
"Pelas projeções da Fitch, o PIB brasileiro encolherá 3,5 por cento e o desemprego continuará crescendo em 2016, mantendo a alta das despesas de provisionamento nos segmentos de varejo e corporativo", diz trecho do documento, apontando também que o lucro operacional antes de provisões deve seguir fraco, pois a expansão real do crédito será baixa, de 3 a 6 por cento no caso do BB e de 7 a 11 por cento para a Caixa.
No cenário base, a Fitch avalia que a capitalização desses bancos devem se manter acima das exigências mínimas, mas que o ambiente operacional adverso pode adicionar pressões sobre o capital a partir de 2018.
A Fitch disse ainda que uma pressão do governo forçar os bancos a elevar a oferta de crédito na tentativa de estimular a atividade econômica, pioraria ainda mais a qualidade dos ativos.