Balanços de Gol e Azul devem confirmar boa fase das aéreas
ÀS SETE - Os resultados das empresas devem evidenciar a consistente trajetória de melhora no setor de aviação no Brasil, que passa por forte reestruturação
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2018 às 06h18.
Última atualização em 9 de maio de 2018 às 11h17.
A companhia aérea Gol divulga seu balanço do primeiro trimestre deste ano em meio a expectativas positivas do mercado. Nas prévias de tráfego, divulgados na segunda-feira, a companhia mostrou um aumento de 2,8% em sua oferta de assentos (indicador conhecido como ASK, ou assentos disponíveis a cada quilômetro voado) no acumulado dos quatro primeiros meses do ano.
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Apesar de a variação ter sido pequena, evidencia a consistente trajetória de melhora da companhia aérea, que passou os últimos cinco anos em uma profunda reestruturação.
De 2011 a 2015 a Gol acumulou mais de 8 bilhões de reais em prejuízo, voltando ao azul em 2016, depois de mexer em malha aérea, encerrar rotas pouco rentáveis, demitir funcionários e renegociar dívidas.
Em 2017, a empresa lucrou pelo segundo ano consecutivo. Foram 378 milhões de reais, bem menos do que o 1,1 bilhão de reais de 2016, mas o suficiente para animar analistas.
“Esse primeiro trimestre deve continuar a refletir a melhora operacional da Gol e a desalavancagem financeira da companhia. Conforme temos observado nos últimos números divulgado pela Gol, a eficiência operacional da empresa tem surpreendido de forma positiva”, diz Rafael Passos, analista da Guide Investimentos à EXAME.
Nesta semana, outra aérea também divulga resultados: a Azul . A companhia, que abriu capital há um ano, conseguiu reverter o prejuízo apurado em 2016 e lucrar 529 milhões de reais ano passado.
A avaliação do mercado é de que a companhia deve continuar a se beneficiar da melhora da eficiência operacional e do posicionamento estratégico favorável em meio à retomada da economia brasileira.
Para os analistas do Itaú BBA, em relatório, é esperado um forte crescimento de resultados para o primeiro trimestre deste ano. São esperados aumento de 12% da oferta (ASK) no período.
“Apesar do aumento do preço do querosene de aviação, estimamos que a Azul vai divulgar uma margem Ebit alta e mostrar crescimento da receita”, dizem as analistas do Itaú BBA Renata Faber, Thais Cascello e Julia Hupperich.
Outro ponto levantado pelo analista Rafael Passos, da Guide Investimentos, é o bom posicionamento da Azul no mercado brasileiro.
“A empresa é extremamente competitiva, detém forte exposição no mercado local, sendo a terceira maior empresa de aviação no Brasil, e tem ampliado sua participação baseando-se no desenvolvimento de novas rotas.”
A Azul divulga resultados na quinta-feira, 10 de maio, antes da abertura do mercado.