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Azul pode optar por A320 com indefinição de novo jato da Embraer

A Azul foi a primeira empresa nacional a utilizar no país os aviões da família E-Jet da fabricante brasileira

O A320neo, com capacidade entre 150 e 180 pessoas, é listado a US$ 91 milhões e compete diretamente com o 737 da Boeing (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 19h25.

São Paulo - A Azul Linhas Aéreas Brasileiras, criada pelo fundador da JetBlue Airways Corp., pode optar pela compra de aviões A320neo da Airbus SAS caso a Embraer SA não desenvolva uma aeronave maior.

A Azul, lançada por David Neeleman há três anos, é hoje a terceira maior companhia aérea do Brasil e tem entregas de aviões da Embraer programadas até 2015. Ela foi a primeira empresa nacional a utilizar no País os aviões da família E-Jet da fabricante brasileira.

Antes disso, a Embraer terá de começar a desenvolver um avião com tamanho similar aos da família CSeries, da Bombardier Inc., com motores mais econômicos caso queria manter a Azul como cliente, disse Neeleman. Esse avião teria de ser capaz de transportar mais passageiros a um custo menor, disse o presidente do conselho de administração e controlador da Azul.

“Prefiro ficar com a Embraer, mas eles têm que ter uma solução, pois outros como o neo têm custo menor”, disse ele em entrevista na sede da Bloomberg em São Paulo no dia 12 de julho.

Companhias aéreas em todo o mundo têm pressionado por aviões mais econômicos à medida que os preços dos combustíveis aeronáuticos sobem. A Airbus, subsidiária da European Aeronautic Defence and Space Company, respondeu com o A320neo, que ela alega ser 15 por cento mais econômico.

“O custo por viagem no E-195 é muito menor que o do A320, mas com a redução de 15 por cento no custo do A320neo, a diferença fica menor”, disse Neeleman. “E o neo tem bem mais assentos.”

O E-195, que pode transportar de 108 a 122 passageiros, dependendo da configuração da cabine, tem preço de tabela de US$ 45 milhões. O A320neo, com capacidade entre 150 e 180 pessoas, é listado a US$ 91 milhões e compete diretamente com o 737 da Boeing Co., o avião comercial mais utilizado no mundo.

Cinco anos

A Azul deve encerrar o ano com 48 ou 49 aviões em sua frota, 8 deles bimotores a hélice fabricados pela ATR Aircraft, disse Neeleman.
“Para nós, hoje, os melhores aviões são os E-195 e os ATR, mas, daqui a cinco anos, podemos precisar de um maior”, disse Neeleman.


A Embraer está esperando para ver se a Boeing substituirá os motores do 737 por outros mais eficientes ou se vai desenvolver um avião completamente novo antes de decidir qual estratégia adotará, disse o presidente da companhia, Frederico Curado, em entrevista durante o Paris Air Show, em 21 de junho.

“A Airbus está na frente com o neo, pois a Boeing não decidiu ainda”, disse Neeleman. “Precisamos estudar o CSeries, mas a Airbus está na frente.”

No Brasil, a legislação impede estrangeiros de controlar mais de 20 por cento do capital votante de companhias aéreas. Como Neeleman nasceu no País e tem cidadania brasileira, a regra não se aplica a ele.

A Azul tinha 8 por cento de participação no mercado doméstico brasileiro em maio, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil. A empresa pretende chegar a 10 por cento no fim do ano e a 25 por cento dentro de 10 anos, disse Neeleman.

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São Paulo - A Azul Linhas Aéreas Brasileiras, criada pelo fundador da JetBlue Airways Corp., pode optar pela compra de aviões A320neo da Airbus SAS caso a Embraer SA não desenvolva uma aeronave maior.

A Azul, lançada por David Neeleman há três anos, é hoje a terceira maior companhia aérea do Brasil e tem entregas de aviões da Embraer programadas até 2015. Ela foi a primeira empresa nacional a utilizar no País os aviões da família E-Jet da fabricante brasileira.

Antes disso, a Embraer terá de começar a desenvolver um avião com tamanho similar aos da família CSeries, da Bombardier Inc., com motores mais econômicos caso queria manter a Azul como cliente, disse Neeleman. Esse avião teria de ser capaz de transportar mais passageiros a um custo menor, disse o presidente do conselho de administração e controlador da Azul.

“Prefiro ficar com a Embraer, mas eles têm que ter uma solução, pois outros como o neo têm custo menor”, disse ele em entrevista na sede da Bloomberg em São Paulo no dia 12 de julho.

Companhias aéreas em todo o mundo têm pressionado por aviões mais econômicos à medida que os preços dos combustíveis aeronáuticos sobem. A Airbus, subsidiária da European Aeronautic Defence and Space Company, respondeu com o A320neo, que ela alega ser 15 por cento mais econômico.

“O custo por viagem no E-195 é muito menor que o do A320, mas com a redução de 15 por cento no custo do A320neo, a diferença fica menor”, disse Neeleman. “E o neo tem bem mais assentos.”

O E-195, que pode transportar de 108 a 122 passageiros, dependendo da configuração da cabine, tem preço de tabela de US$ 45 milhões. O A320neo, com capacidade entre 150 e 180 pessoas, é listado a US$ 91 milhões e compete diretamente com o 737 da Boeing Co., o avião comercial mais utilizado no mundo.

Cinco anos

A Azul deve encerrar o ano com 48 ou 49 aviões em sua frota, 8 deles bimotores a hélice fabricados pela ATR Aircraft, disse Neeleman.
“Para nós, hoje, os melhores aviões são os E-195 e os ATR, mas, daqui a cinco anos, podemos precisar de um maior”, disse Neeleman.


A Embraer está esperando para ver se a Boeing substituirá os motores do 737 por outros mais eficientes ou se vai desenvolver um avião completamente novo antes de decidir qual estratégia adotará, disse o presidente da companhia, Frederico Curado, em entrevista durante o Paris Air Show, em 21 de junho.

“A Airbus está na frente com o neo, pois a Boeing não decidiu ainda”, disse Neeleman. “Precisamos estudar o CSeries, mas a Airbus está na frente.”

No Brasil, a legislação impede estrangeiros de controlar mais de 20 por cento do capital votante de companhias aéreas. Como Neeleman nasceu no País e tem cidadania brasileira, a regra não se aplica a ele.

A Azul tinha 8 por cento de participação no mercado doméstico brasileiro em maio, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil. A empresa pretende chegar a 10 por cento no fim do ano e a 25 por cento dentro de 10 anos, disse Neeleman.

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