Auditoria confirma "sérias violações trabalhistas" em fábrica da Apple na China
Relatório da Fair Labor Association aponta abusos nas condições de trabalho dos empregados, como horas extras não remuneradas e falhas de segurança
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2012 às 13h10.
São Paulo - A primeira auditoria independente no grupo Foxconn, responsável pela montagem de produtos da Apple na China, confirmou a expectativa de abuso nas condições de trabalho da empresa. A Fair Labor Association (FLA) apontou "sérios problemas trabalhistas" na fábrica de componentes eletrônicos, afirma relatório divulgado nesta quinta-feira.
O documento, elaborado durante um mês de visitas a três unidades com 35 mil empregados, traz relatos de funcionários trabalhando mais dias do que o permitido em linhas de montagem, pagamento injusto pelas horas extras, além de falhas em condições de saúde e políticas de segurança, comunicação e integração.
"A investigação descobriu que, nos últimos 12 meses, todas as três fábricas ultrapassaram o padrão de 60 horas de trabalho por semana durante os períodos de pico de produção. Houve períodos em que alguns funcionários trabalharam mais de sete dias seguidos, sem as necessárias 24 horas de folga", diz trecho do relatório.
Segundo a auditoria, foram encontradas ao menos 50 violações às leis chinesas. Também não foi cumprido o código de conduta assinado pela Apple junto à própria FLA, em janeiro, depois da morte de trabalhadores da linha de produção. Apenas a fábrica da cidade de Shenzhen foi palco de 14 suicídios em 18 meses.
Empresas prometem mudança
A abertura da linha de montagem à uma entidade internacional é uma das maiores investigações já conduzidas sobre as operações de uma companhia norte-americana no exterior. Em comunicado à imprensa, a Apple afirmou que “aprecia o trabalho que a FLA fez para avaliar as condições na Foxconn e apóia as recomendações feitas”.
A Foxconn prometeu que vai reduzir a carga horária para 49 horas por semana, incluindo horas-extra, ao mesmo tempo em que manterá a remuneração atual. Para manter a produção no mesmo ritmo, a empresa disse que irá contratar milhares de novos empregados, além de construir mais casas e refeitórios para os trabalhadores. O prazo para adequar as jornadas de trabalho de acordo com os limites legais expira em julho de 2013.
São Paulo - A primeira auditoria independente no grupo Foxconn, responsável pela montagem de produtos da Apple na China, confirmou a expectativa de abuso nas condições de trabalho da empresa. A Fair Labor Association (FLA) apontou "sérios problemas trabalhistas" na fábrica de componentes eletrônicos, afirma relatório divulgado nesta quinta-feira.
O documento, elaborado durante um mês de visitas a três unidades com 35 mil empregados, traz relatos de funcionários trabalhando mais dias do que o permitido em linhas de montagem, pagamento injusto pelas horas extras, além de falhas em condições de saúde e políticas de segurança, comunicação e integração.
"A investigação descobriu que, nos últimos 12 meses, todas as três fábricas ultrapassaram o padrão de 60 horas de trabalho por semana durante os períodos de pico de produção. Houve períodos em que alguns funcionários trabalharam mais de sete dias seguidos, sem as necessárias 24 horas de folga", diz trecho do relatório.
Segundo a auditoria, foram encontradas ao menos 50 violações às leis chinesas. Também não foi cumprido o código de conduta assinado pela Apple junto à própria FLA, em janeiro, depois da morte de trabalhadores da linha de produção. Apenas a fábrica da cidade de Shenzhen foi palco de 14 suicídios em 18 meses.
Empresas prometem mudança
A abertura da linha de montagem à uma entidade internacional é uma das maiores investigações já conduzidas sobre as operações de uma companhia norte-americana no exterior. Em comunicado à imprensa, a Apple afirmou que “aprecia o trabalho que a FLA fez para avaliar as condições na Foxconn e apóia as recomendações feitas”.
A Foxconn prometeu que vai reduzir a carga horária para 49 horas por semana, incluindo horas-extra, ao mesmo tempo em que manterá a remuneração atual. Para manter a produção no mesmo ritmo, a empresa disse que irá contratar milhares de novos empregados, além de construir mais casas e refeitórios para os trabalhadores. O prazo para adequar as jornadas de trabalho de acordo com os limites legais expira em julho de 2013.