Gado da companhia Minerva em uma fazenda de Barretos, no interior de São Paulo (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2014 às 20h48.
Brasília - A BRF, empresa criada a partir da fusão entre Sadia e Perdigão, afirmou em comunicado ao mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que, para concluir a entrada no capital da Minerva, esta deverá vender ativos na área de alimentos processados.
"As partes comprometeram-se a oferecer uma solução estrutural envolvendo ativos de produção de alimentos processados da Minerva, de modo a eliminar as preocupações concorrenciais identificadas."
O comunicado corrobora a decisão publicada nesta quarta-feira, 20, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao aprovar, com restrições, o acordo para que a BRF assuma uma participação de 16,77% na Minerva, anunciada em novembro de 2013.
O tribunal administrativo decidiu ontem pela alienação de ativos para evitar concentração de mercado pela BRF.
"O Tribunal do Cade determinou que as empresas alienem ativos de modo que a operação não resulte em aumento de participação de mercado da BRF na produção de alimentos processados", disse o órgão em nota.
A restrição foi imposta pelo Cade, após identificar a existência da empresa MDF (Minerva Dawn Farms) como subsidiária da Minerva. A empresa fabrica alimentos processados.
A BRF não pode ampliar sua capacidade de produção nessa área, segundo o Cade, o que inclui segmento de quibes e almôndegas; processados de frango; frios saudáveis, como peito de peru e blanquet; e bacon.
A proibição é parte do acordo firmado para aprovação da fusão Sadia-Perdigão.