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Às vésperas de IPO, CEO do Tinder dá entrevista desastrosa

Sean Rad falou sobre sua vida pessoal e amorosa, mas também deu dados importantes sobre o app; Tinder é controlado pelo Match Group, em processo de IPO

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 14h00.

São Paulo - Uma das reclamações de usuários do Tinder é que muitas informações nos perfis são exageradas e até falsas, para impressionar. Em uma entrevista, o CEO e co-fundador do aplicativo demonstrou ser a cara da empresa.

Em uma entrevista à revista Evening Standard, Sean Rad , de 29 anos, falou sobre sua vida pessoal e amorosa.

No entanto, às vésperas do IPO da controladora do Tinder, The Match Group, ele também mencionou dados sigilosos sobre o serviço de encontros. Assim como algumas descrições nos perfis do aplicativo, as informações eram exageradas e incorretas.

A empresa que controla o Tinder, The Match Group, planeja fazer uma oferta inicial de ações na bolsa de valores de Nova York. Ela, que também detém o OKCupid, espera alcançar o valor de 3 bilhões de dólares.

De acordo com a CNN, o grupo espera pegar carona com o aumento de encontros virtuais entre as gerações mais novas. Os usuários dos sites do grupo cresceram 63% no último ano. O grupo, por sua vez, pertence à IAC, InterActive Corp., que possui mais de 50 marcas em 40 países.

No período que antecede o IPO, a empresa deve manter silêncio sobre dados e movimentações estratégicas.

A matéria revela, no entanto, que o serviço tem cerca de 80 milhões de usuários pelo mundo e tem 1,8 bilhão de interações por dia. Mas, assim como as descrições no perfil dos usuários, também essas informações estão exageradas.

O grupo controlador do Tinder precisou emitir um comunicado esclarecendo que a entrevista não foi "endorsada nem tolerada" pela companhia. Também afirmou que o serviço tem  apenas 9,6 milhões de usuários e que o número de interações na verdade é de 1,4 bilhão.

Críticas

Na entrevista, Sean Rad veementemente nega críticas de que o Tinder estaria facilitando traições, contágio de doenças sexualmente transmissíveis, incentivando sexo casual e minando relações duradouras. Para ele, essas são apenas características da sociedade atual.

O bilionário afirmou é que “viciado” no Tinder. “Toda semana, eu me apaixono por uma garota nova”, disse.

Ele também ainda está “muito chateado” com uma matéria da Vanity Fair, "Tinder e o Amanhecer do Apocalipse nos Encontros", em tradução livre. A reportagem descrevia como jovens estavam à busca de encontros fáceis e sexo casual, com a ajuda do serviço.

Depois da publicação, a empresa lotou o Twitter com reclamações sobre o conteúdo e a própria jornalista.

No ano passado, Justin Mateen, também cofundador, foi processado por Whitney Wolfe, ex-vice-presidente, por assédio sexual e discriminação.

Ela afirmou que Mateen a ameaçava constantemente e mandava mensagens com xingamentos pesados sobre seu trabalho e vida pessoal. Mateen se demitiu depois de uma dispensa e Rad foi provisoriamente substituído. 

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São Paulo - Uma das reclamações de usuários do Tinder é que muitas informações nos perfis são exageradas e até falsas, para impressionar. Em uma entrevista, o CEO e co-fundador do aplicativo demonstrou ser a cara da empresa.

Em uma entrevista à revista Evening Standard, Sean Rad , de 29 anos, falou sobre sua vida pessoal e amorosa.

No entanto, às vésperas do IPO da controladora do Tinder, The Match Group, ele também mencionou dados sigilosos sobre o serviço de encontros. Assim como algumas descrições nos perfis do aplicativo, as informações eram exageradas e incorretas.

A empresa que controla o Tinder, The Match Group, planeja fazer uma oferta inicial de ações na bolsa de valores de Nova York. Ela, que também detém o OKCupid, espera alcançar o valor de 3 bilhões de dólares.

De acordo com a CNN, o grupo espera pegar carona com o aumento de encontros virtuais entre as gerações mais novas. Os usuários dos sites do grupo cresceram 63% no último ano. O grupo, por sua vez, pertence à IAC, InterActive Corp., que possui mais de 50 marcas em 40 países.

No período que antecede o IPO, a empresa deve manter silêncio sobre dados e movimentações estratégicas.

A matéria revela, no entanto, que o serviço tem cerca de 80 milhões de usuários pelo mundo e tem 1,8 bilhão de interações por dia. Mas, assim como as descrições no perfil dos usuários, também essas informações estão exageradas.

O grupo controlador do Tinder precisou emitir um comunicado esclarecendo que a entrevista não foi "endorsada nem tolerada" pela companhia. Também afirmou que o serviço tem  apenas 9,6 milhões de usuários e que o número de interações na verdade é de 1,4 bilhão.

Críticas

Na entrevista, Sean Rad veementemente nega críticas de que o Tinder estaria facilitando traições, contágio de doenças sexualmente transmissíveis, incentivando sexo casual e minando relações duradouras. Para ele, essas são apenas características da sociedade atual.

O bilionário afirmou é que “viciado” no Tinder. “Toda semana, eu me apaixono por uma garota nova”, disse.

Ele também ainda está “muito chateado” com uma matéria da Vanity Fair, "Tinder e o Amanhecer do Apocalipse nos Encontros", em tradução livre. A reportagem descrevia como jovens estavam à busca de encontros fáceis e sexo casual, com a ajuda do serviço.

Depois da publicação, a empresa lotou o Twitter com reclamações sobre o conteúdo e a própria jornalista.

No ano passado, Justin Mateen, também cofundador, foi processado por Whitney Wolfe, ex-vice-presidente, por assédio sexual e discriminação.

Ela afirmou que Mateen a ameaçava constantemente e mandava mensagens com xingamentos pesados sobre seu trabalho e vida pessoal. Mateen se demitiu depois de uma dispensa e Rad foi provisoriamente substituído. 

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