As 50 empresas mais inovadoras de 2015, para o MIT
Algumas companhias da lista transformaram completamente o seu setor, como a Apple Pay, o Uber e a Xiaomi
Karin Salomão
Publicado em 25 de junho de 2015 às 15h23.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h40.
São Paulo - Empresas de energia, tratamentos genéticos, realidade virtual e comunicações estão entre as que mais estão transformando o mundo em 2015. O MIT fez um ranking das 50 companhias mais “espertas” e inovadoras de 2015. Na lista, estão empresas de energia , biotecnologia , internet e mídias digitais, transporte e computação. Algumas criaram baterias mais leves, duradouras e limpas, como a Tesla , Aquion e Sakti3. Outras empresas estão pesquisando tratamentos sofisticados para doenças como o câncer, como a Juno Therapeutics e a Bristol Meyers Squibb. Já outras revolucionaram completamente o seu setor. A Apple Pay, por exemplo, está revolucionando o pagamento móvel, o Uber está mudando o transporte urbano e a Xiaomi está abalando o mercado de celulares. Confira as 50 companhias mais inteligentes e inovadoras de 2015, segundo o MIT .
Fabricante de baterias de lítio, a Telsa Motors expandiu sua tecnologia de carros elétricos para usos comerciais e residenciais. Isso fez com que as maiores companhias de lítio aumentassem a produção do material para atender à demanda da Tesla . Segundo o MIT, o negócio do empresário futurista Elon Musk irá investir 5 bilhões de dólares em uma fábrica gigante de baterias em Nevada, nos Estados Unidos.
A fabricante chinesa de smartphones cresce rapidamente e desbancou a Samsung no maior mercado de celulares, a China. Tornou-se também a segunda maior produtora de tecnologia vestível do mundo em menos de um ano de mercado. Com aparelhos mais baratos, a Xiaomi chegará ao Brasil ainda este semestre, com vendas apenas pela internet. Está avaliada em 45 bilhões de dólares em valor de mercado e foca no crescimento de serviços voltados aos usuários.
Maior varejista online do mundo, o grupo Alibaba protagonizou o maior IPO da história, levantando 25 bilhões de dólares. A companhia atualmente enfrenta problemas com venda de produtos falsificados e está investindo em centros de computação na nuvem nos Estados Unidos e em Dubai. Segundo Jack Ma, seu fundador, o grupo chinês de e-commerce pretende mais do que dobrar seu volume de transações para mais de 1 trilhão de dólares em cinco anos. No Brasil, a companhia quer dominar as vendas online, investindo em infraestrutura e serviços mobile.
A empresa privada de Missouri é uma fabricante de equipamentos para energia solar . Segundo o MIT, a SunEdison está expandindo sua atuação de forma agressiva, para abastecer países em desenvolvimento com energia renovável. Cerca de 1,1 bilhão de pessoas no mundo todo não têm acesso a energia elétrica, de acordo com o MIT. No Brasil, ela investirá 30 milhões de dólares na construção de fábricas, além de fechar uma joint venture com a Renova Energia.
Outra chinesa na lista, a Tencent é o maior grupo de serviços da internet na China, atuando com aplicativos de mensagens, como WeChat e QQ, e jogos para computadores e celulares. Todo mês, cerca de 549 milhões de usuários usam os serviços do WeChat. A empresa está experimentando em outras áreas, como anúncios nos aplicativos de mensagens, agências de viagem e até compras online, para competir com sua maior rival, o grupo Alibaba.
A Juno Therapeutics está modificando as células do sistema imunológico do próprio paciente para atacar células cancerígenas. Com a promessa de redesenhar glóbulos brancos geneticamente, a startup de biotecnologia arrecadou centenas de milhões de dólares com investidores e o posterior IPO. A empresa é formada por pesquisadores de diferentes centros acadêmicos.
Segunda empresa de Elon Musk da lista do MIT, a SolarCity oferece a instalação de painéis solares de graça, cobrando apenas uma parcela pela energia usada. Os painéis serão integrados a baterias da Tesla Motors, que permitem armazenar a energia coletada. O objetivo é levar a energia solar para as massas: de indústrias a pequenas empresas e consumidores. Cerca de 177 mil casas já têm os painéis solares da empresa, nos Estados Unidos.
O serviço de streaming de filmes tem um valor de mercado de 25,5 bilhões de dólares, segundo a Forbes. O Netflix está na lista do MIT não apenas por veicular conteúdos, mas também por produzir suas próprias séries e filmes. Recentemente, fechou parcerias de peso, com atores como Leonardo DiCaprio, Adam Sandler e Brad Pitt, para documentários e filmes originais. Em 2014, o conteúdo original do Netflix ganhou 31 nomeações no Emmy.
Até agora, para as mulheres, a infertilidade era inevitável depois de uma certa idade. Além disso, de acordo com o MIT, um a cada seis casais dos Estados Unidos sofre com infertilidade. A OvaScience está desenvolvendo tratamentos para mudar isso. Ela experimenta tratamentos para desacelerar o relógio biológico, a um preço não tão salgado. Segundo pesquisadores da companhia descobriram em 2004, o ovário pode conter células precursoras dos óvulos. Essas células poderiam maturar em ovários novos ou dar mais saúde aos já existentes. Este ano, nasceu o primeiro bebê concebido com ajuda dos tratamentos da companhia, com células tronco.
Em áreas rurais e desérticas, o acesso à internet é ruim e complicado. O Google quer acabar com esse obstáculo. Com o Projeto Loon, a empresa lançará balões que irão prover conexão para as áreas mais remotas. Um dos balões de teste conseguiu dar a volta ao mundo em apenas 22 dias, contando com a ajuda de correntes de vento. Em 2013, o projeto piloto lançou 30 balões a partir da Nova Zelândia.
Um dos gargalos do comércio eletrônico é a logística dos centros de distribuição. Com a ajuda de robôs, chamados Kiva, a Amazon almeja tornar esses centros mais eficientes e as entregas mais rápidas, principalmente em datas de pico, como o natal. Mais de 15 mil robôs já estão trabalhando em 10 depósitos nos Estados Unidos. O tempo de envio dos pacotes passou de uma hora a 13 minutos. A empresa, que realizou transações de 89 bilhões de dólares em 2014, também começou a testar entregas com drones.
A Gliead Sciences é a primeira a vender comprimidos que podem curar a maior parte dos casos de hepatite C. O remédio vendeu cerca de 3,6 bilhões de dólares nos três primeiros meses de 2015. Também é a companhia farmacêutica responsável pelo desenvolvimento do primeiro comprimido regulado pelas agências americanas que pode reduzir a chance de contaminação do vírus HIV, causador da AIDS. A droga, chamada de Truvada, é direcionada inicialmente ao público de maior risco: aqueles que têm parceiros HIV positivos.
Não é por causa do iPhone que a empresa liderada por Tim Cook está na lista. O MIT considerou inovadores o novo relógio inteligente e a carteira Apple Pay, por levarem os respectivos mercados a um novo nível. Capaz de fazer videochamadas, o Apple Watch gerou grandes lucros para a Apple . Mais de um milhão de pedidos pelo aparelho foram feitos no mesmo dia do seu lançamento. A companhia também está desenvolvendo um serviço concorrente do Google Street View e um aplicativo de saúde.
A Voxel8 anunciou o lançamento da primeira impressora 3D de produtos eletrônicos. Além de próteses, moldes e protótipos, a máquina da Voxel8 poderá imprimir materiais termoplásticos e tintas altamente condutoras, que podem viabilizar a criação de peças eletrônicas. A companhia também lançou uma tinta de prata, que aumenta a condutividade dos materiais em 5.000 vezes.
A IDE Technologies foi criada em 1965, em Israel. Através de sua tecnologia de dessalinização, oferece água potável para regiões áridas da China, Índia, Estados Unidos e Austrália, entre outros países. Além disso, também desenvolve tecnologias para reuso de água em indústrias, minas, refinarias e na agricultura. Este ano, 300.000 pessoas serão alcançadas pela fábrica que a empresa está construindo com parceiros na Califórnia, que está sofrendo uma grande seca.
A empresa de biotecnologia pesquisa, desenvolve, fabrica e vende medicamentos para doenças graves. Segundo a Forbes, ela se baseia em biologia molecular e celular para desenvolver seus remédios de forma mais precisa. A Amgen, que tem um valor de mercado de 117,7 bilhões de dólares, está na lista do MIT por seu banco de dados. Ela sequenciou 10.000 genomas de habitantes da Islândia, para tentar encontrar dicas de quais seriam os remédios mais urgentes para serem desenvolvidos.
A maneira mais barata, fácil e limpa de armazenar energia solar e eólica chegou ao mercado em 2014. As baterias da Aquion Energy angariaram fãs e consumidores, assim como 129 milhões de dólares de investidores. Uma forma mais eficiente de armazenar energias renováveis pode ser crucial para torná-las mais viáveis, afirma uma matéria da Technology Review. Além de durar duas vezes mais do que as baterias usadas hoje em dia, os equipamentos da Aquion são mais baratos que energia vinda de geradores a óleo diesel, que ainda é usada em muitos lugares.
A Baidu , apelidada de “Google chinês”, tem seu foco nas buscas on-line e é o maior na área no país asiático. Ainda assim, está investindo em outras áreas. Para o MIT, o mais impressionante é a sua plataforma de aprendizado profundo, uma técnica nova que permite que computadores aprendam, reconheçam discursos e categorizem imagens. Ela investiu 1,12 bilhão de dólares em 2014 nessa área de pesquisa, um aumento de 70%. Além disso, a empresa está desenvolvendo veículos autônomos, sem motoristas. O objetivo é coloca-los no mercado já este ano.
Enquanto Elon Musk tenta desenvolver a energia limpa e renovável aqui na Terra, ele também investe em sua empresa espacial, para no futuro criar uma colônia em Marte. A SpaceX está no ranking do MIT pelo aprimoramento técnico de seus foguetes não tripulados. No ano passado, 9 missões bem sucedidas foram completadas. A empresa futurística também está construindo uma plataforma no meio do oceano, para reutilizar suas estruturas de lançamento de foguetes – e até os próprios foguetes. Isso cortaria os custos de lançamento em 10 vezes, afirmou uma matéria da Technology Review, publicação do MIT.
Outra fabricante de baterias, a Sakti3 usa materiais inovadores e técnicas diferentes de manufatura para inventar baterias que armazenam o dobro de energia que as rivais. Assim, elas seriam mais leves e eficientes, perfeitas para pequenos eletrodomésticos. A empresa recebeu 15 milhões de dólares em investimentos da Dyson, fabricante de aspiradores de pó. A General Motors também é um dos investidores. Para a fundadora da empresa, Ann Marie Sastr, o “objetivo é mudar a forma que baterias são produzidas globalmente”.
A empresa do Texas desenvolveu uma tecnologia pioneira para incluir sistemas de computadores avançados em carros. A Freescale é, na verdade, uma ex-divisão da Motorola. Ela está inventando uma nova geração de memórias flash, que são usados em pen drives, cartões de memória e chips de computadores. Uma fabricante de condutores holandesa propôs comprar a companhia por cerca de 12 bilhões de dólares.
Para o MIT, os robôs da Universal Robots são mais fáceis de usar, criando um mercado mais abrangente e forte. A dinamarquesa cria braços robóticos menores, mais simples e mais baratos que os concorrentes e que operam quase sem supervisão humana. Em maio, ela foi comprada pela Teradyne por 285 milhões de dólares. O lucro do negócio cresceu 70% entre 2013 e 2014 e já vendeu 2.500 robôs desde seu lançamento.
O MIT está bem de olho em pesquisas e medicamentos que ofereçam tratamentos melhores contra o câncer, principalmente usando biotecnologia. O medicamento Opdivo, criado pela farmacêutica Bristol-Myers Squibb, ataca uma proteína chamada PD-1, que impede que o sistema imunológico perceba a presença de células cancerígenas. Segundo o Wall Street Journal, os testes do medicamento contra câncer de pele ou de pulmão tiveram sucesso. No entanto, o custo mensal do tratamento supera 12.500 dólares.
A fabricante de chips Nvidia quer se tornar a Netflix dos jogos. Ainda que o streaming de filmes e músicas seja comum, havia um problema técnico para levar esse serviço para games . Isso porque os consoles que existem hoje armazenam seus dados em DVDs ou computadores. Com o sistema Shield, criado pela Nvidia, o jogo é rodado em um supercomputador remoto e transmitido quase sem distorções. Além disso, a empresa criou um novo chip para carros. Com o novo sistema, câmeras em carros poderão reconhecer obstáculos e reagir de forma apropriada, seja ele uma lata de lixo ou uma outra pessoa. A empresa também possui, hoje, cerca de 7.000 patentes.
A companhia de Mark Zuckerberg está na lista do MIT pelo investimento em aplicativos e notícias. Segundo o MIT, as receitas vindas da publicidade estão sendo aplicadas em aprimoramento do aplicativo de mensagem do Facebook, o Messenger. Além disso, o Facebook , que tem 1,44 bilhão de usuários mensais ativos, está transmitindo notícias dos maiores veículos de comunicação do mundo.
Em 1998, pesquisadores da Universidade de Massachusetts fizeram uma descoberta impressionante. O RNA, produzido pelo DNA, é responsável pela síntese de proteínas dentro da célula. Alguns tipos de RNA poderiam “desligar” alguns genes. A descoberta da interferência de alguns tipos de RNA na produção de proteínas do corpo rendeu o Prêmio Nobel aos pesquisadores, alguns anos depois. Eles depois fundaram a companhia Alnylam, que atualmente está testando seis medicamentos diferentes para atuar na produção de proteínas, tentando reverter doenças graves que não poderiam ser curadas pelos remédios que já existem.
O primeiro robô da Rethink Robotics, Baxter, era fácil de programar e bem eficiente. No entanto, o seu irmão mais novo, Sawyer, é muito mais impressionante. Segundo o MIT, é mais preciso e mais rápido, apesar de só ter um braço. A empresa angariou 114 milhões de dólares em investimentos para criar esse robô, que deverá trabalhar em conjunto com humanos em linhas de produção.
Por apenas 5 dólares, você vai poder comprar uma lâmpada que dura uma década. A nova lâmpada de LEP da Philips será a com melhor custo-benefício do mercado, tendo ainda um design resistente a quebras. Para o MIT, a eficiência da lâmpada, combinada ao seu preço, tornam a companhia digna de figurar entre as 50 empresas mais inovadoras do ano.
Quem adora batatas fritas, mas também se preocupa com a saúde, pode ficar mais tranquilo com as batatas transgênicas da Cellectis. Para assegurar a oferta de batatas o ano todo, não apenas no período de colheita, elas são colhidas ainda durante seu processo de crescimento e armazenadas resfriadas. Nesse processo, parte de suas fibras se transformam em açúcares. Esses componente vira acrylamida, quando a batata é frita, uma substância que pode ser cancerígena. As batatas modificadas da Cellectis, feitas pela sua divisão Calyxt, resolvem esse problema e ainda duram mais. A Calyxt também desenvolveu óleos de soja com menos gordura trans e trigo com glúten reduzido.
A terapia genética desenvolvida pela Bluebird Bio pode ajudar a curar doenças graves. A clínica de biotecnologia está, atualmente, tratando nove pacientes, com doenças hereditárias como um tipo de anemia genética ou acúmulo de ácido graxo no cérebro.
Desde 1999, a ThyssenKrupp fabricava elevadores da mesma forma: com cordas, cabos e contrapeso. Mas, 160 anos depois da invenção do elevador, chegou a inovação que irá mudar tudo. A tecnologia MULTI, que usar levitação magnética para mover os elevadores, irá permitir que ele ande não só para cima e para baixo, mas também para os lados. É a mesma tecnologia usada nos trens mais rápidos do mundo, que chegam a 500km/h. As primeiras unidades serão testadas em 2016 e devem transformar completamente a indústria.
Lançada em janeiro de 2013 pelo americano Stewart Butterfield — que ajudou a criar o Flickr —, a Slack é uma plataforma de comunicação corporativa. Ela permite troca de mensagens e de arquivos entre celulares e computadores de funcionários de uma mesma companhia. Foi financiada pelo Google e, na última rodada de investimentos, foi avaliada em 2,8 bilhões de dólares. Todo mês, mais de 300 milhões de mensagens são enviadas pelo aplicativo, aumentando a eficiência da comunicação entre funcionários e a produtividade das empresas.
A startup Improbable quer criar a maior e mais complexa realidade virtual do mundo dos games. O seu grande trunfo é uma tecnologia que permite compartilhar grandes quantidades de dados entre múltiplos servidores quase que instantaneamente. Além das possibilidades infinitas de uso dessa tecnologia no mundo dos jogos, ela também poderá ser usada para resolver problemas complexos na vida real. O MIT dá alguns exemplos, como o impacto de fechar uma ferrovia para conter uma epidemia ou como a mudança de uma política econômica afeta a infraestrutura de um país.
A Bitcoin , a moeda virtual, precisava de uma carteira. Foi aí que surgiu a Coinbase. Ela realiza pagamentos eletrônicos feitos com a moeda virtual. A empresa ajuda outras, como a PayPal, Dell, Mozilla, Wikipedia e Expedia, a fazerem transações na moeda, sem que elas próprias precisassem lidar com o dinheiro. É a primeira companhia autorizada a fazer essas transações nos Estados Unidos e tem 2,9 milhões de contas registradas no país.
A HaCon, com sede em Hannover, na Alemanha, desenvolve soluções para trânsito, transportes e logística há mais de 30 anos. Passageiros podem pedir informações sobre qual é a melhor rota para sua viagem; são feitos 40 milhões de pedidos todos os dias, em mais de 25 países. Companhias como a Deutsche Bahn e a francesa SNCF são algumas das parceiras, que fornecem tabelas sobre tempo de chegada de trens e ônibus e outras informações. Segundo o MIT, os aplicativos populares de planejamento de viagem combinam informações sobre taxis, aluguel de bicicletas e carros e outros meios de transporte.
Em parceria com a Hersheys, a 3D Systems apresentou uma impressora capaz de imprimir chocolate. A CocoJet, que trabalha com chocolate, não é a única de sua linha de aparelhos de impressão 3D. No Brasil, a 3D Systems lançou aparelhos mais baratos e está montando, em São Paulo, o maior parque de máquinas para impressão 3D da América Latina. A empresa tem ambições gigantes. Ela quer dominar o mercado de impressoras 3D, por meio de uma linha de montagem rápida. Assim, a velocidade da impressão irá aumentar em 50 vezes, segundo o MIT.
Com a onda de tecnologias vestíveis, a Generali foi além. A companhia italiana de seguros de saúde irá usar os dados de saúde vindos dos gadgets para calcular o valor do seguro. Clientes mais fitness, que se preocupam com atividade física, alimentação e bem-estar irão pagar menos pelo serviço e poderão receber outros prêmios, de cupons a viagens. A companhia está disponível em mais de 30 países e é a primeira a usar “big data” no setor de seguro saúde .
No reino da “biologia sintética”, a Intrexon atua no remanejamento genético de células de uma forma muito mais radical do que a tecnologia existente. Ao adaptar o código genético de uma célula, a empresa pode fazer com que ela produza determinadas proteínas. Um dos objetivos, segundo a Forbes, é tornar os remédios, feitos a partir de proteínas, muito mais baratos. Ainda mais avançada é a tecnologia que quer transformar células vivas em “pequenas fábricas moleculares, que produzem qualquer coisa, de gasolina a materiais de construção”. Para o MIT, a empresa pode ajudar nos mercados de saúde, energia, consumo e até meio ambiente.
Muitas empresas dessa lista, como a Illumina, Counsyl e Amgen, trabalham com sequenciamento genético. Mas o que fazer com todos os dados que são coletados? Para Andreas Sundquist, a solução é enviar os dados para a nuvem. A DNAnexus, criada por ele, é uma startup que colabora com pesquisadores, farmatcêuticas e outras empresas para armazenar as informações genéticas no serviço de nuvem da Amazon. A empresa usa mais de 56.000 processadores em seus computadores para analisar todo o DNA, para tornar a medicina genética mais fácil de lidar e acelerar seu progresso.
O Watson, o supercomputador cognitivo da IBM , ajudou a empresa a entrar no ranking do MIT. Ele usa sua inteligência no diagnóstico do câncer e em análises financeiras. Ano passado, a IBM anunciou que investirá mais de 1 bilhão de dólares em nova unidade de negócios para o Watson; Ela também começou a testar os algoritmos da Numenta, uma empresa de inteligência artificial que imita o cérebro humano, além de criar um chip de computação quântica. Para o MIT, a pesquisa da empresa em inteligência artificial ajuda a criar um plano de longo prazo para tornar grandes bancos de dados mais úteis no futuro.
Apesar de ser largamente usado por adolescentes, o negócio do Snapchat não é brincadeira de criança. O aplicativo de imagens, vídeos e mensagens efêmeros criou novas formas de contar histórias. As “Snapchat Stories” agrupam conteúdos de diferentes usuários para cobrir um único fato. Quase 1 bilhão de histórias são vistas todos os dias. Além disso, a plataforma também divulga conteúdo produzido exclusivamente para o Snapchat, de veículos de comunicação como a ESPN, CNN, Cosmopolitan, Daily Mail, entre outros.
Com seus novos óculos, a Microsoft abre milhões de novas visões. A HoloLens, óculos de realidade aumentada, poderá trazer hologramas de pessoas reais para dentro da casa de usuários. Segundo o MIT, “você poderá andar entre pessoas imaginárias como se elas realmente fossem reais”. O gadget também terá aplicações na construção, para alterar desenhos de prédio, e na medicina. Para o MIT, esse aparelho expressa bem a mudança de foco da Microsoft, cujos lucros cresceram 13% nesse ano, até agora.
A onda dos gadgets vestíveis trouxe muitas outras mudanças na indústria de eletrônicos. A Imprint Energy é capaz de criar baterias ultra finas, que podem ser recarregadas, para uso nesses aparelhos, como pulseiras, óculos ou fones de ouvido. Também serão úteis para equipamentos médicos, sensores de ambiente e etiquetas inteligentes. Ainda melhor, as baterias são baratas, com custo baixo de produção, segundo a empresa da Califórnia.
Como não poderia deixar de ser, o Uber também está nessa lista do MIT. Apesar das reações negativas de taxistas, o sistema que conecta usuários a motoristas profissionais está transformando o transporte urbano. Em dezembro do ano passado, a empresa tinha mais de 160.000 motoristas ativos em todo o mundo. Recentemente, o Uber realizou uma nova rodada de investimentos para arrecadar entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões. Ao final, o serviço poderá valer até US$ 50 bilhões, marca histórica para startups antes do IPO e alcançada apenas pelo Facebook.
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