As 17 melhores empregadoras, segundo o Top Employers
CRF Institute reconhece empresas com as melhores práticas em gestão de pessoas
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2013 às 01h27.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h42.
São Paulo - Tido pelo mercado como uma espécie de selo de qualidade, o Top Employers, produzido pelo CRF Institute, certifica anualmente empresas com práticas relevantes em gestão de recursos humanos . As empresas preenchem questionários que analisam, aproximadamente, 400 práticas de Recursos Humanos. Os resultados são auditados externamente. Para serem certificadas, as empresas precisam atingir 60% do resultado da empresa que mais pontuou na pesquisa. Segundo o último levantamento, as empresas estão com a gestão dos talentos e fornecimento de treinamentos na mira: são as duas preocupações primordiais dos gestores. Veja a seguir as 17 empresas certificadas pelo Top Employers neste ano.
Maior empresa independente de serviços de logística da América do Sul, a América Latina Logística ( ALL ) vê na escolha de seus profissionais um ponto vital para o funcionamento dos seus negócios. A carência de especialistas com prática no mercado ferroviário, faz com que Melissa Loqueta, gerente de Gente da ALL, se concentre na personalidade do candidato e deixe o treinamento para o pós contratação. "Precisamos trazer pessoas que se alinhem com nosso perfil. A formação técnica a gente dá aqui dentro da empresa", diz.
Inovação e conhecimento são a matéria-prima da Avanade, empresa de serviços que oferece soluções em tecnologia empresarial com 349 funcionários. Pelo segundo ano seguido no Top Employers, Beatriz Alli, líder de Recurso Humanos da empresa, acredita que encontrou um bom caminho para gestão de pessoas. Hoje o foco está nos mentores. “Estamos fazendo acompanhamento de carreira desses mentores, desenvolvendo-os para que eles se envolvam mais nos negócios”, diz.
Cleide Fonseca, diretora de Recursos Humanos do Grupo BB Mapfre, não reclama de falta de mão-de-obra. No entanto, seu desafio está em preparar os profissionais técnicos para habilidades mais humanas, por assim dizer. “Vamos atrás de um conhecimento além do financeiro. Procuramos passar para os funcionários uma voz mais emocional, motivadora, que compõe o salário financeiro”, afirma. Hoje a empresa contra com 5.000 funcionários.
Na posição de 5º maior banco nacional no segmento de Middle Market, o Bicbanco desenvolve seus negócios por meio de produtos e serviços diferenciados, com foco em crédito para empresas de grande e médio porte. Segundo Edênio Nobre, diretor executivo do Bicbanco, a falta de mão-de-obra disponível tem encarecido os processos de contratação. "Temos usado muitas empresas de hunting para preencher cargos de nível gerencial para cima, quando não há funcionários internos prontos para assumir novas posições", diz. Para deixar a equipe no ponto, Nobre tem investido em desenvolvimento de lideranças e identificação de talentos. "Estamos estruturando processos de sucessão e, com isso, temos conseguido suprir muitas vagas antes de abrir para seleção", afirma.
Maior engarrafador da Coca-Cola no mundo, a Femsa atua em 10 países, incluindo o Brasil. Por aqui, o diretor de Recursos Humanos Rogério Morais aprendeu a fazer um malabarismo eficiente para combater a falta de mão-de-obra. A saída foi modernizar suas plantas produtivas com novos modelos que requerem menos funcionários e trazem mais eficiência. Com a outra metade dos contratados - que ficariam ociosos após a modernização-, ele ampliou sua capacidade de trabalho nas engarrafadoras e centros de distribuição. Daqui para frente, a expectativa é passar a treinar os candidatos antes mesmo da contratação.
Com 90.000 funcionários em todo o mundo, a Danone é o sétimo maior fabricante de alimentos do planeta. A empresa vem sendo afetada pela nada saborosa crise no Velho Continente. Em fevereiro deste ano, a empresa anunciou o corte de 900 posições em toda a Europa.
São 4.800 profissionais pelo Brasil e, ainda assim, falta mão-de-obra à Deloitte . Segundo Roberto Sanches, diretor de Recursos Humanos, o problema está na contratação de especialistas. “Embora sejamos já muito reconhecidos, estamos procurando desenvolver melhor as ferramentas de capacitação interna”, afirma. “Todo o nosso planejamento estratégico está direcionado para a questão da ampliação do conhecimento.”
Entre empregados próprios e terceirizados, eram 14.000 contratados pela EDP , holding de empresas do comércio de energia elétrica, ao final de 2012. A empresa é considerada 23ª mais transparente do mundo, segundo a IR Global Rankings e está sediada em São Paulo.
Multinacional espanhola, a Prosegur tem mais de 51.000 funcionários em todo o mundo. A empresa atua na parte de logística, fornecimento de tecnologias e vigilância. No ano passado, a empresa comprou outras duas empresas de segurança brasileiras. A busca da Prosegur é por perfis proativos e a promessa é de um grande desenvolvimento profissional.
Líder mundial na preservação natural dos alimentos, a Purac tem 80 anos de experiência e uma vasta gama de indústria. A mão-de-obra não é intensiva – são apenas 120 funcionários no Brasil, gerando um faturamento de R$ 200 milhões. Paulo Tomazoni, diretor-geral da empresa, garante que as oportunidades de crescimento são o principal chamariz para novos funcionários. “Qualquer engenheiro recém-formado que entre aqui, por exemplo, passa por treinamentos fora e dentro do país”, diz.
Líder de mercado em soluções de inteligência analítica, o SAS Institute é tido como maior fornecedor independente no mercado de Business Intelligence. Para o SAS, o objetivo maior está no bem-estar do funcionário – uma raridade na área de tecnologia da informação. O presidente do Cone-sul, Márcio Dobal, entende que dar liberdade é a melhor alternativa. “É possível delegar os processos e cobrar pela execução dos resultados. Evitamos estar obcecados pelo controle”, diz.
De origem francesa, a Schneider Electric é tida como especialista no setor de energia. São mais de 5 000 funcionários e está presente há 65 anos no Brasil. O reconhecimento dos colegas não é um problema dentro da empresa. A cada três meses, os funcionários da Schneider escolhem quem mais fez a diferença naquele período. Em janeiro deste ano, Tânia Consentino deixou a presidência da companhia, assumindo a vice-presidência para a América do Sul. No seu lugar, veio Rogério Zampronha, que hoje está no comando da empresa
A Souza Cruz é líder do mercado brasileiro de cigarros, com 60% de participação no mercado. Desde 2003, a empresa vinha enfrentando uma batalha com o Tribunal Superior do Trabalho devido à existência do cargo “provador de cigarros”, no chamado painel sensorial. Um ex-empregado moveu processo contra empresa por danos à saúde. A decisão do TST foi favorável à empresa.
Presente em 70 países, a Takeda tem na cultura de alta performance seu principal ativo humano. A empresa foi a melhor qualificada entre as avaliadas pela Top Employer. Na unidade brasileira, Giles Platford, presidente das operações no Brasil, vê na complexidade dos negócios farmacêuticos o principal obstáculo de administração. Na gestão de pessoas, seu principal desafio é inspirar pessoas a adotarem posturas fortes. “Sem pessoas com atitude, fica difícil atingir qualquer objetivo”, afirma. Atualizado às 12h12
Especialista no gerenciamento de projetos, engenharia e construção para a indústria de energia, a Technip desenvolve desde submarinos até complexas estruturas como plataformas de petróleo. Nos 48 países onde atua, são 32.000 colaboradores. Em janeiro a empresa – em parceria com a Techint - venceu licitação da Petrobras para integração da plataforma P76 no Rio Grande do Sul, com uma oferta de R$ 899 milhões pela unidade.
A maior parte dos esforços são da Umicore são dedicados a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas. Celso Mantovani, diretor de Recursos Humanos da empresa, explica que, entre os 680 funcionários contratados, muitos chegam encantados pelo modelo de negócio. “Nós produzimos e tentamos fechar o ciclo, recuperando os materiais ao final da vida útil”, diz. Os 50 anos de experiência da empresa fizeram com que a formação de mão-de-obra dentro de casa fosse parte da cultura. “Já vimos momentos da economia nacional em que a qualificação de mão-de-obra era ainda pior.”
O desenvolvimento de tecnologias para o setor automotivo é o principal negócio da Valeo, empresa considerada pela Thomson Reuters uma das 100 inovadoras globais em 2012. Essa presença global tem atraído talentos, segundo Edson Carvalho, diretor de Recursos Humanos da Valeo para a América do sul. “Há uma política de mobilidade internacional muito forte, isso tem retido muitos funcionários na empresa”, diz.
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