As 15 empresas menos transparentes do mundo
ONG Transparency International avaliou as empresas menos transparentes, entre aquelas com maior valor de mercado
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2012 às 17h23.
São Paulo - A ONG Transparency International publicou ontem um estudo com as empresas menos transparentes dentre as 105 maiores companhias de capital aberto. E o resultado não foi nada bom para gigantes como a belgo-brasileira AB Inbev, o site de compras Amazon, a holding de investimentos do megainvestidor Warren Buffett, a Berkshire Hathaway, além de medalhões da tecnologia como Google e Apple. Todas figuraram entre as 15 empresas com as informações mais nebulosas do mundo.
Para chegar à conclusão, a Transparency International analisou se as companhias abriam dados específicos sobre a operação de suas subsidiárias em diferentes países, se deixavam suas estruturas corporativas claras e se mantinham algum programa para prevenir a corrupção nos negócios. Em uma escala de 0 a 10, as notas mais baixas indicaram as empresas mais blindadas. Vale lembrar que todas têm ações negociadas em bolsa. Veja a lista completa:
table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Empresa | Registro | Nota | |
---|---|---|---|
1. | Bank of China (finanças) | China | 1.1 |
2. | Bank of Communications (finanças) | China | 1.7 |
3. | Honda (bens de consumo e serviços) | Japão | 1.9 |
4. | China Construction Bank (finanças) | China | 1.9 |
5. | Berkshire Hathaway (finanças) | Estados Unidos | 2.4 |
6. | Nippon Telegraph & Telephone (telecomunicações) | Japão | 2.6 |
7. | Amazon (bens de consumo e serviços) | Estados Unidos | 2.8 |
8. | Gazprom (óleo e gás) | Rússia | 2.8 |
9. | Toyota (bens de consumo e serviços) | Japão | 2.8 |
10. | AB InBev (bens de consumo e serviços) | Bélgica | 2.9 |
11. | Google (tecnologia) | Estados Unidos | 2.9 |
12. | Canon (indústria) | Japão | 3 |
13. | Commonwealth Bank (finanças) | Austrália | 3.1 |
14. | Bank of America Merrill Lynch (finanças) | Estados Unidos | 3.2 |
15. | Apple (tecnologia) | Estados Unidos | 3.2 |
Das 105 empresas analisadas, 74 têm operações no Brasil. Mas apenas oito disponibilizam as receitas obtidas no país e somente cinco divulgam o imposto de renda que pagam às autoridades brasileiras. Para a Transparency International, a constatação não deixa de preocupar: em um cenário globalizado, a falta de transparência dos fluxos financeiros pode acobertar práticas como lavagem de dinheiro e evasão fiscal. "Quando os padrões de propriedade são obscuros, as empresas podem fugir da responsabilidade pelas ações de suas subsidiárias", diz a ONG, em relatório.
Três empresas com registro brasileiro apareceram na lista: Bradesco, Petrobras e Vale. Com pontuação de 4.8, 4.7 e 4.7, respectivamente, elas ficam no meio do caminho do ranking compilado pela Transparency International, atrás de nomes como Nestlé (5.9) e Coca-Cola (5.3), mas à frente de empresas como Johnson & Johnson (4.4) e Procter & Gamble (4.2).
Na outra ponta da cadeia, as companhias de óleo, gás e mineração surpreenderam como as mais transparentes do mundo. A Transparency International atribui a colocação ao fato desses setores serem tradicionalmente associados a um maior risco de corrupção. “Como tal, eles vêm sendo alvo de reformas e políticas por muitos anos”, diz a ONG.
Confira as empresas consideradas mais transparentes:
table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Empresa | Registro | Nota | |
---|---|---|---|
1. | Statoil (óleo e gás) | Noruega | 8.3 |
2. | Rio Tinto (materiais básicos) | Reino Unido / Austrália | 7.2 |
3. | BHP Billiton (materiais básicos) | Reino Unido / Austrália | 6.9 |
4. | ArcelorMittal (materiais básicos) | Luxemburgo | 6.9 |
5. | BG Group (óleo e gás) | Reino Unido | 6.7 |
6. | HSBC Holdings (finanças) | Reino Unido | 6.7 |
7. | BASF (materiais básicos) | Alemanha | 6.7 |
8. | France Telecom (telecomunicações) | França | 6.6 |
9. | BP (óleo e gás) | Reino Unido | 6.6 |
10. | Allianz (finanças) | Alemanha | 6.6 |
11. | Tesco (bens de consumo e serviços) | Reino Unido | 6.5 |
12. | Novartis (saúde) | Suíça | 6.5 |
13. | ExxonMobil (óleo e gás) | Estados Unidos | 6.4 |
14. | Vodafone (telecomunicações) | Reino Unido | 6.4 |
15. | Walmart (bens de consumo e serviços) | Estados Unidos | 6.4 |
São Paulo - A ONG Transparency International publicou ontem um estudo com as empresas menos transparentes dentre as 105 maiores companhias de capital aberto. E o resultado não foi nada bom para gigantes como a belgo-brasileira AB Inbev, o site de compras Amazon, a holding de investimentos do megainvestidor Warren Buffett, a Berkshire Hathaway, além de medalhões da tecnologia como Google e Apple. Todas figuraram entre as 15 empresas com as informações mais nebulosas do mundo.
Para chegar à conclusão, a Transparency International analisou se as companhias abriam dados específicos sobre a operação de suas subsidiárias em diferentes países, se deixavam suas estruturas corporativas claras e se mantinham algum programa para prevenir a corrupção nos negócios. Em uma escala de 0 a 10, as notas mais baixas indicaram as empresas mais blindadas. Vale lembrar que todas têm ações negociadas em bolsa. Veja a lista completa:
table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Empresa | Registro | Nota | |
---|---|---|---|
1. | Bank of China (finanças) | China | 1.1 |
2. | Bank of Communications (finanças) | China | 1.7 |
3. | Honda (bens de consumo e serviços) | Japão | 1.9 |
4. | China Construction Bank (finanças) | China | 1.9 |
5. | Berkshire Hathaway (finanças) | Estados Unidos | 2.4 |
6. | Nippon Telegraph & Telephone (telecomunicações) | Japão | 2.6 |
7. | Amazon (bens de consumo e serviços) | Estados Unidos | 2.8 |
8. | Gazprom (óleo e gás) | Rússia | 2.8 |
9. | Toyota (bens de consumo e serviços) | Japão | 2.8 |
10. | AB InBev (bens de consumo e serviços) | Bélgica | 2.9 |
11. | Google (tecnologia) | Estados Unidos | 2.9 |
12. | Canon (indústria) | Japão | 3 |
13. | Commonwealth Bank (finanças) | Austrália | 3.1 |
14. | Bank of America Merrill Lynch (finanças) | Estados Unidos | 3.2 |
15. | Apple (tecnologia) | Estados Unidos | 3.2 |
Das 105 empresas analisadas, 74 têm operações no Brasil. Mas apenas oito disponibilizam as receitas obtidas no país e somente cinco divulgam o imposto de renda que pagam às autoridades brasileiras. Para a Transparency International, a constatação não deixa de preocupar: em um cenário globalizado, a falta de transparência dos fluxos financeiros pode acobertar práticas como lavagem de dinheiro e evasão fiscal. "Quando os padrões de propriedade são obscuros, as empresas podem fugir da responsabilidade pelas ações de suas subsidiárias", diz a ONG, em relatório.
Três empresas com registro brasileiro apareceram na lista: Bradesco, Petrobras e Vale. Com pontuação de 4.8, 4.7 e 4.7, respectivamente, elas ficam no meio do caminho do ranking compilado pela Transparency International, atrás de nomes como Nestlé (5.9) e Coca-Cola (5.3), mas à frente de empresas como Johnson & Johnson (4.4) e Procter & Gamble (4.2).
Na outra ponta da cadeia, as companhias de óleo, gás e mineração surpreenderam como as mais transparentes do mundo. A Transparency International atribui a colocação ao fato desses setores serem tradicionalmente associados a um maior risco de corrupção. “Como tal, eles vêm sendo alvo de reformas e políticas por muitos anos”, diz a ONG.
Confira as empresas consideradas mais transparentes:
table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}
Empresa | Registro | Nota | |
---|---|---|---|
1. | Statoil (óleo e gás) | Noruega | 8.3 |
2. | Rio Tinto (materiais básicos) | Reino Unido / Austrália | 7.2 |
3. | BHP Billiton (materiais básicos) | Reino Unido / Austrália | 6.9 |
4. | ArcelorMittal (materiais básicos) | Luxemburgo | 6.9 |
5. | BG Group (óleo e gás) | Reino Unido | 6.7 |
6. | HSBC Holdings (finanças) | Reino Unido | 6.7 |
7. | BASF (materiais básicos) | Alemanha | 6.7 |
8. | France Telecom (telecomunicações) | França | 6.6 |
9. | BP (óleo e gás) | Reino Unido | 6.6 |
10. | Allianz (finanças) | Alemanha | 6.6 |
11. | Tesco (bens de consumo e serviços) | Reino Unido | 6.5 |
12. | Novartis (saúde) | Suíça | 6.5 |
13. | ExxonMobil (óleo e gás) | Estados Unidos | 6.4 |
14. | Vodafone (telecomunicações) | Reino Unido | 6.4 |
15. | Walmart (bens de consumo e serviços) | Estados Unidos | 6.4 |