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As 10 empresas brasileiras mais internacionais em 2015

De acordo com estudo da Fundação Dom Cabral, os mercados externos ainda são relativamente pouco explorados pelas empresas brasileiras

Lá fora (Gerdau Ameristeel/Bloomberg News)

Karin Salomão

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 10h42.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h33.

São Paulo - A Fitesa, fabricante de têxteis para indústria e higiene pessoal, é a empresa brasileira mais internacionalizada. O dado é do relatório anual da Fundação Dom Cabral, Ranking das Multinacionais Brasileiras. A pesquisa tabulou mais de 60 companhias brasileiras, calculando a porcentagem dos ativos, receitas e funcionários que elas possuem no exterior. A média desses fatores resulta no índice de internacionalização. Os Estados Unidos são o país com mais operações das multinacionais brasileiras. Argentina, México, Colômbia e Chile aparecem na seguência. Cerca de 53,2% das empresas participantes iniciaram operações ou estabeleceram acordos de franquia em algum novo país em 2014. Em contraponto, cerca de 6,4% saíram de algum país nesse mesmo período. De acordo com o relatório, os mercados externos ainda são relativamente pouco explorados pelas brasileiras. Veja nas imagens as 10 empresas que se saem melhor no exterior.
  • 2. 1 - Fitesa

    2 /12(Mike Kane/Bloomberg)

  • Veja também

    Índice de Internacionalização: 0,720

    A Fitesa, criada em 1973 pela Petropar – hoje Évora, está presente em outros sete países. O seu índice de receitas internacionais é de 0,728, enquanto o índice de ativos é de 0,703. Ela é uma fabricante de materiais chamados nãotecidos, com aplicações em cuidados para bebês, higiene feminina, incontinência urinária adulta e outros produtos para os setores de medicina, agricultura e indústria. A empresa tem duas sedes administrativas: uma em Gravataí, Rio Grande do Sul, e uma na Carolina do Sul, Estados Unidos. O índice de internacionalização dos funcionários é de 0,730. Depois de uma tentativa em 1991 de entrar no mercado americano e ter seus ativos vendidos em 1996, ela fez uma nova tentativa de se internacionalizar em 2009, por meio da joint venture FitesaFiberweb, com as operações da Fiberweb na América do Norte.
  • 3. 2 - Construtora Odebrecht

    3 /12(Paulo Fridman/Bloomberg)

  • Índice de Internacionalização: 0,644

    Em 2º lugar na lista de companhias brasileiras mais internacionalizadas, a construtora Odebrecht está destacada em diversos índices da pesquisa. Ela está em 18 países,e seu índice de receitas é 0,726. Em ativos, seu índice é de 0,663. Citada na Lava Jato, ela também tem sido alvo de polêmicas devido à participação em obras no exterior com investimento do BNDES, como em Cuba, na reforma e ampliação do Aeroporto de Havana. Nos Estados Unidos, atua na construção da Rodovia Grand Parkway no Texas e no porto e malha metroviária de Miami. No Peru, atuou no metrô de Lima e em Angola, na hidrelétrica de Laúca. A fatia de operações internacionais da Odebrecht, que era de 39% em 2011, será superior a 50% em 2016. Com 172 bilhões de reais em ativos, a Odebrecht se qualifica como quinto maior grupo privado do país. O índice de internacionalização dos funcionários é de 0,541, segundo a pesquisa da Fundação Dom Cabral.
  • 4. 3 - InterCement

    4 /12(Getty Images)

    Índice de Internacionalização: 0,573

    Segundo a pesquisa, o grande destaque da companhia foi no mercado português. Por lá, a Intercement apresentou crescimento de 19% em sua atividade exportadora e consolidou-se em 2014 como a 5ª maior trader de cimento. Moçambique também é um país que tem crescido, registrando alta de 17% em 2014. Na África do Sul, a empresa também cresceu 17%. O Paraguai se tornou um dos grandes mercados potenciais e é previsto triplicar os resultados em 2015, diz a pesquisa. O índice de receitas é de 0,551, em ativos a internacionalização é de 0,519 e em funcionários, 0,647.
  • 5. 4 – Gerdau

    5 /12(Germano Luders/Exame)

    Índice de Internacionalização: 0,560

    A empresa deverá investir algo entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões em estratégia internacional nos próximos dez anos. No entanto, esse é um dado hipotético, diz a Gerdau . O dólar alto também pode ajudar suas exportações. Apesar do investimento projetado nos mercados internacionais, a empresa tem enfrentado dificuldades no exterior. No ano passado, as vendas de aço caíram com a queda internacional de demanda, preços mais baixos e excesso de capacidade de aço no mundo. De acordo com a pesquisa, o seu índice de receitas é de 0,572. Já em ativos, o índice atinge 0,611 e, em funcionários, é de 0,497.
  • 6. 5 - Stefanini Solutions

    6 /12(Germano Lüders/EXAME.com)

    Índice de Internacionalização: 0,559

    Presente em 33 países, a Stefanini é a 5ª empresa mais internacionalizada do Brasil. No ano passado, a provedora de soluções em tecnologia inaugurou uma filial na Malásia para ampliar ainda mais a presença na Ásia, considerada estratégica. A Stefanini já conta com escritórios na China, Filipinas, Índia e Tailândia. O índice de receitas internacionalizadas é de 0,497; de funcionários é de 0,456. Com a ajuda da expansão internacional dos negócios, a empresa pretende dobrar de tamanho até 2016, com investimentos de 400 milhões de reais. O índice de ativos da empresa de tecnologia é de 0,725, segundo a Fundação Dom Cabral.
  • 7. 6 – Marfrig

    7 /12(Divulgação)

    Índice de internacionalização: 0,536

    A Marfrig , uma das maiores processadoras de carne bovina do Brasil, aposta no exterior para manter seu crescimento, com foco na Ásia e no Oriente Médio, enquanto busca melhorar os resultados da companhia. Com a venda da unidade europeia da Marfrig, Moy Park, para a JBS, a empresa diminuiu sua dívida líquida e foca em outros mercados, com exportações para Estados Unidos e China. Apesar de ter saído do mercado europeu, o negócio continua globalizado, com a maior parte das vendas em moeda estrangeira: 94%. Segundo a pesquisa, o índice de receitas internacionais da empresa é de 0,618 e, de funcionários, 0,604. Ela iniciou no ano passado a construção de uma fábrica de alimentos processados na Indonésia. Com um acordo de certificação sanitária, a companhia espera aumentar o número de plantas autorizadas a exportar para a China de duas para quatro.
  • 8. 7 - Artecola

    8 /12(Divulgação/Artecola)

    Índice de internacionalização: 0,521

    A Artecola, empresa gaúcha de colas especiais, está presente em 6 países latinos, incluindo o Brasil. Ela vendia apenas um produto na sua criação, mas hoje já tem mais de 5.000 variações de cola e adesivos, que podem ser aplicados nos mercados moveleiro, automotivo, calçadista e de papel e embalagens. O índice de receitas no exterior, segundo a Fundação Dom Cabral, é de 0,562. Em funcionários, é de 0,533.
  • 9. 8 - Metalfrio

    9 /12(Paulo Vitale/Exame)

    Índice de internacionalização: 0,50

    A pesquisa destacou a atuação da Metalfrio no México, pela estratégia de foco em produtos de maior valor agregado. Assim, o preço médio por unidade subiu 23,5% no trimestre e 7,3% para o ano inteiro. Na Europa, permaneceram as condições comerciais adversas, mas a inovação impulsionou as receitas para cima: 15,1% no trimestre e 1,1% no ano. Em ativos, o índice de internacionalização é de 0,666; em funcionários, 0,416.
  • 10. 9 - CZM

    10 /12(Divulgação/CZM)

    Índice de internacionalização: 0,492

    A CZM é uma empresa de soluções em equipamentos para fundação. Entre os seus produtos, estão equipamentos portáteis aos montados sobre caminhões, mini-esteiras, escavadeiras e guindastes. A primeira unidade da CZM fora do Brasil foi aberta em 2012 nos Estados Unidos. No ano passado, a companhia ampliou suas vendas totais nos Estados Unidos e Canadá. Isso aumentou sua exposição em outros mercados, como América Central, México e Rússia, diz a pesquisa. O índice de receitas internacionais é de 0,505 e, em ativos, 0,697.
  • 11. 10 – JBS

    11 /12(Diego Giudice/Bloomberg)

    Índice de internacionalização: 0,488

    A JBS , presente em 20 países, tem índice de receitas internacionais de 0,657. Quando se trata dos funcionários, o índice é de 0,44. Na Venezuela, a empresa fechou um contrato de US$ 2,1 bilhões com o governo. Ela também é responsável por quase metade da carne bovina e um quarto do frango consumido por 28 milhões de consumidores. A empresa está de olho no crescimento das vendas para a Ásia, com um aumento expressivo da demanda por alimentos.
  • 12. Veja também:

    12 /12(AFP)

  • Acompanhe tudo sobre:Alimentos processadosCarnes e derivadosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasGerdauInterCementJBSMarfrigNovonor (ex-Odebrecht)SiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicas

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