Exame Logo

Arena Corinthians gasta mais água do que rivais na capital

A arena corintiana é abastecida pelo Sistema Alto Tietê, segundo manancial mais crítico da Grande São Paulo (20,5% da capacidade)

Vista geral do estádio do Corinthians, apelidado de Itaquerão: a maior parte da água é destinada à irrigação do gramado (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 08h55.

São Paulo - O estádio do Corinthians é o que mais gasta água da Sabesp na capital paulista. De janeiro a maio, o consumo médio registrado na arena alvinegra em Itaquera, na zona leste, foi de 5 milhões de litros, volume equivalente ao dos estádios dos rivais São Paulo (2,9 milhões) e Palmeiras (2,1 milhões) juntos.

A maior parte da água é destinada à irrigação do gramado. Os estádios corintiano e palmeirense possuem um sistema de captação de água da chuva, exigido pela Fifa , para esse serviço.

O São Paulo informou que, após o início da crise hídrica, passou a usar a água de uma mina para cuidar do campo. "Normalmente, a água de reúso é mais do que suficiente, e já é usada em gramas e jardins pela cidade", afirma Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.

A diferença de consumo entre os estádios do Corinthians e dos rivais tende a ser maior porque, no caso do São Paulo, o clube não informou qual das quatro contas de água ligadas à instituição refere-se ao estádio do Morumbi.

A reportagem considerou todas elas para calcular a média de consumo. Na Vila Belmiro, estádio do Santos, o consumo foi de 2,7 milhões de litros. O litoral, contudo, não sofre com a crise hídrica.

Abastecida pelo Sistema Alto Tietê, segundo manancial mais crítico da Grande São Paulo (20,5% da capacidade), a arena corintiana recebeu cerca de 525 mil torcedores em 17 jogos oficiais do clube nos cinco primeiros meses do ano, a maior média da capital, mas inferior à soma dos públicos no Allianz Parque (396 mil) e no Morumbi (264 mil). O cálculo não inclui shows e outros eventos.

Em fevereiro, por exemplo, o consumo de água potável no estádio alvinegro atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014 (5,1 milhões), quando a arena recebeu quatro jogos da Copa do Mundo, com a capacidade ampliada para mais de 60 mil torcedores.

Esse volume seria suficiente para abastecer 500 residências durante um mês.

Em nota, o Corinthians informou que havia um "vazamento interno escondido que demorou para ser encontrado". Segundo o clube, o problema "foi solucionado e a conta voltou ao consumo normal". As faturas emitidas pela Sabesp em abril e maio mostram queda do gasto para 2,4 milhões e 2,1 milhões de litros, respectivamente.

Fidelidade

Os quatro grandes clubes do futebol paulista têm o chamado contrato de Demanda Firme com a Sabesp, que concede tarifas vantajosas a grandes consumidores (mais de 500 mil litros por mês) em troca de fidelidade.

No caso do Palmeiras, porém, o consumo do Allianz Parque não está incluído no contrato porque a conta está em nome da Construtora WTorre, que administra a arena.

O estádio fica na Pompeia, zona oeste, abastecida pelo Sistema Cantareira, o mais crítico (-9,3% da capacidade), operando dentro do volume morto.

Já o estádio são-paulino fica no Morumbi, zona sul, área de abrangência do Sistema Guarapiranga, que tinha no domingo, 21, 75,8% da capacidade e tem sido usado pela Sabesp para socorrer bairros atendidos antes pelo Cantareira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

São Paulo - O estádio do Corinthians é o que mais gasta água da Sabesp na capital paulista. De janeiro a maio, o consumo médio registrado na arena alvinegra em Itaquera, na zona leste, foi de 5 milhões de litros, volume equivalente ao dos estádios dos rivais São Paulo (2,9 milhões) e Palmeiras (2,1 milhões) juntos.

A maior parte da água é destinada à irrigação do gramado. Os estádios corintiano e palmeirense possuem um sistema de captação de água da chuva, exigido pela Fifa , para esse serviço.

O São Paulo informou que, após o início da crise hídrica, passou a usar a água de uma mina para cuidar do campo. "Normalmente, a água de reúso é mais do que suficiente, e já é usada em gramas e jardins pela cidade", afirma Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.

A diferença de consumo entre os estádios do Corinthians e dos rivais tende a ser maior porque, no caso do São Paulo, o clube não informou qual das quatro contas de água ligadas à instituição refere-se ao estádio do Morumbi.

A reportagem considerou todas elas para calcular a média de consumo. Na Vila Belmiro, estádio do Santos, o consumo foi de 2,7 milhões de litros. O litoral, contudo, não sofre com a crise hídrica.

Abastecida pelo Sistema Alto Tietê, segundo manancial mais crítico da Grande São Paulo (20,5% da capacidade), a arena corintiana recebeu cerca de 525 mil torcedores em 17 jogos oficiais do clube nos cinco primeiros meses do ano, a maior média da capital, mas inferior à soma dos públicos no Allianz Parque (396 mil) e no Morumbi (264 mil). O cálculo não inclui shows e outros eventos.

Em fevereiro, por exemplo, o consumo de água potável no estádio alvinegro atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014 (5,1 milhões), quando a arena recebeu quatro jogos da Copa do Mundo, com a capacidade ampliada para mais de 60 mil torcedores.

Esse volume seria suficiente para abastecer 500 residências durante um mês.

Em nota, o Corinthians informou que havia um "vazamento interno escondido que demorou para ser encontrado". Segundo o clube, o problema "foi solucionado e a conta voltou ao consumo normal". As faturas emitidas pela Sabesp em abril e maio mostram queda do gasto para 2,4 milhões e 2,1 milhões de litros, respectivamente.

Fidelidade

Os quatro grandes clubes do futebol paulista têm o chamado contrato de Demanda Firme com a Sabesp, que concede tarifas vantajosas a grandes consumidores (mais de 500 mil litros por mês) em troca de fidelidade.

No caso do Palmeiras, porém, o consumo do Allianz Parque não está incluído no contrato porque a conta está em nome da Construtora WTorre, que administra a arena.

O estádio fica na Pompeia, zona oeste, abastecida pelo Sistema Cantareira, o mais crítico (-9,3% da capacidade), operando dentro do volume morto.

Já o estádio são-paulino fica no Morumbi, zona sul, área de abrangência do Sistema Guarapiranga, que tinha no domingo, 21, 75,8% da capacidade e tem sido usado pela Sabesp para socorrer bairros atendidos antes pelo Cantareira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:CorinthiansEsportesFutebolItaquerão

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame