A Aracruz reverteu um prejuízo de 82 milhões de reais, registrado no terceiro trimestre do ano passado, e alcançou um lucro de 168,3 milhões de reais no mesmo período deste ano. De acordo com informações da fabricante de celulose, o resultado foi influenciado pelo aumento do volume de vendas, que cresceu 38%. A produção da unidade Guaíba, antiga Riocell, que foi adquirida da Klabin no final de maio, teve desempenho fundamental para este aumento, segundo a Aracruz.

O resultado operacional medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) no trimestre foi de 410,7 milhões de reais, contra 350,7 milhões de reais um ano antes. A margem Ebitda, no entanto, caiu: foi de 49% contra 55% de julho a setembro de 2002.

A receita também melhorou, mas não na mesma proporção que o volume de celulose vendido, já que houve queda nos preços no mercado internacional. O faturamento de julho a setembro foi de 838,9 milhões de reais, alta de 32% sobre o ano anterior.

A Aracruz também conseguiu reduzir o custo da dívida da empresa em moeda estrangeira, principal responsável pelas perdas da companhia no terceiro trimestre de 2002. As despesas financeiras no trimestre encerrado em setembro foram de 81 milhões de reais, contra quase 500 milhões de reais um ano antes. A diminuição das despesas financeiras refletiu "principalmente uma menor desvalorização do real sobre os ativos, passivos e derivativos denominados em dólares", diz o comunicado oficial da Aracruz. A dívida líquida em 30 de setembro somava 3,06 bilhões de reais.