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UBS reabre um tímido banco no Brasil, dizem fontes

Companhia estaria se preparando para voltar ao país após 5 anos com uma franquia do seu banco de investimentos

Entrada do banco UBS: banco suíço ativará as licenças concedidas pelo Banco Central após uma fase de testes operacionais (fabric)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 16h48.

São Paulo - Quase cinco anos após ter deixado o país, o UBS recomeça na próxima semana a operar sua franquia brasileira de banco de investimentos , segundo fontes a par do assunto, mas desta vez com planos que mal fazem sombra ao outrora império no mercado de capitais na região.

Após uma fase de testes operacionais, a partir de quarta-feira, 12, o banco suíço ativará as licenças concedidas pelo Banco Central, incluindo a última, no ano passado, que o autorizou a operar no mercado de câmbio.

O UBS não começará a prospectar clientes por enquanto, já que também aguarda aprovações internas de sua matriz. Mas mesmo depois dela pouco vai mudar. Duas ou três novas contratações, no máximo, devem se somar à equipe atual, de 16 pessoas, e não há planos para aumentar o patrimônio líquido no país, disseram fontes a par do assunto, que pediram para não serem identificadas.

Consultado, o banco informou à Reuters que "seguirá a mesma estratégia que vem sendo adotada pela instituição mundialmente -focar em wealth management (gestão de fortunas) e investment banking, nas áreas de renda variável, fusões e aquisições, assessoria financeira e pesquisa".

Parte desse conservadorismo deve-se às mudanças --nenhuma boa-- que o grupo vem enfrentando desde que pediu a licença ao BC há cerca de três anos, entre elas o maior rigor regulatório europeu, que vai exigir bilhões de euros em capital novo, e acordos para encerrar processos, entre eles o que acusa o banco de participar num esquema com outras instituições para manipular a taxa Libor.


Além disso, o UBS tem pela frente um cenário bastante distinto daquele em que chegou ao país em 2006, com a compra do Pactual, por cerca de 3,1 bilhões de dólares. Navegando na alta liquidez global, o banco foi um dos expoentes da forte expansão do mercado de capitais brasileiro, que de 2004 a 2007 levou mais de uma centena de empresas a se listarem na Bovespa.

Agora, apertados por maiores necessidades de capital em suas matrizes e com perspectivas econômicas mais adversas, grandes bancos estrangeiros como Barclays, Goldman Sachs e Deutsche Bank estão reduzindo suas equipes, ou simplesmente batendo em retirada, deixando o mercado sob controle dos gigantes domésticos Itaú BBA e BTG Pactual.

O UBS, por exemplo, está esvaziando um dos andares que ocupa em um dos edifícios da avenida Faria Lima, centro financeiro da capital paulista, disseram as fontes.

As ofertas de ações no Brasil começaram 2014 no pior nível em mais de uma década, no mais recente sinal de severa erosão da confiança dos investidores no país.

Desde meados de 2010, quando voltou ao Brasil e comprou a corretora Link Investimentos, o UBS se concentrou na gestão de fortunas. Mas a atuação do banco tem se mostrado tímida desde que se desfez da unidade brasileira Pactual --hoje BTG Pactual -- por cerca de 2,5 bilhões de dólares, recursos usados para recompor sua base de capital duramente atingida na esteira da crise criada com a quebra do norte-americano Lehman Brothers.

Segundo outra fonte a par do assunto, o Banco do Brasil, que buscava um sócio estrangeiro para formar um braço forte de banco de investimento, chegou a discutir uma parceria com o UBS, mas as negociações não foram adiante. Consultado, o BB não se manifestou sobre o assunto.

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São Paulo - Quase cinco anos após ter deixado o país, o UBS recomeça na próxima semana a operar sua franquia brasileira de banco de investimentos , segundo fontes a par do assunto, mas desta vez com planos que mal fazem sombra ao outrora império no mercado de capitais na região.

Após uma fase de testes operacionais, a partir de quarta-feira, 12, o banco suíço ativará as licenças concedidas pelo Banco Central, incluindo a última, no ano passado, que o autorizou a operar no mercado de câmbio.

O UBS não começará a prospectar clientes por enquanto, já que também aguarda aprovações internas de sua matriz. Mas mesmo depois dela pouco vai mudar. Duas ou três novas contratações, no máximo, devem se somar à equipe atual, de 16 pessoas, e não há planos para aumentar o patrimônio líquido no país, disseram fontes a par do assunto, que pediram para não serem identificadas.

Consultado, o banco informou à Reuters que "seguirá a mesma estratégia que vem sendo adotada pela instituição mundialmente -focar em wealth management (gestão de fortunas) e investment banking, nas áreas de renda variável, fusões e aquisições, assessoria financeira e pesquisa".

Parte desse conservadorismo deve-se às mudanças --nenhuma boa-- que o grupo vem enfrentando desde que pediu a licença ao BC há cerca de três anos, entre elas o maior rigor regulatório europeu, que vai exigir bilhões de euros em capital novo, e acordos para encerrar processos, entre eles o que acusa o banco de participar num esquema com outras instituições para manipular a taxa Libor.


Além disso, o UBS tem pela frente um cenário bastante distinto daquele em que chegou ao país em 2006, com a compra do Pactual, por cerca de 3,1 bilhões de dólares. Navegando na alta liquidez global, o banco foi um dos expoentes da forte expansão do mercado de capitais brasileiro, que de 2004 a 2007 levou mais de uma centena de empresas a se listarem na Bovespa.

Agora, apertados por maiores necessidades de capital em suas matrizes e com perspectivas econômicas mais adversas, grandes bancos estrangeiros como Barclays, Goldman Sachs e Deutsche Bank estão reduzindo suas equipes, ou simplesmente batendo em retirada, deixando o mercado sob controle dos gigantes domésticos Itaú BBA e BTG Pactual.

O UBS, por exemplo, está esvaziando um dos andares que ocupa em um dos edifícios da avenida Faria Lima, centro financeiro da capital paulista, disseram as fontes.

As ofertas de ações no Brasil começaram 2014 no pior nível em mais de uma década, no mais recente sinal de severa erosão da confiança dos investidores no país.

Desde meados de 2010, quando voltou ao Brasil e comprou a corretora Link Investimentos, o UBS se concentrou na gestão de fortunas. Mas a atuação do banco tem se mostrado tímida desde que se desfez da unidade brasileira Pactual --hoje BTG Pactual -- por cerca de 2,5 bilhões de dólares, recursos usados para recompor sua base de capital duramente atingida na esteira da crise criada com a quebra do norte-americano Lehman Brothers.

Segundo outra fonte a par do assunto, o Banco do Brasil, que buscava um sócio estrangeiro para formar um braço forte de banco de investimento, chegou a discutir uma parceria com o UBS, mas as negociações não foram adiante. Consultado, o BB não se manifestou sobre o assunto.

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