Apesar da crise, dona do M&M's vai investir R$ 750 mi em SP

São Paulo - A Mars anunciou nesta quinta-feira (15) um investimento de 750 milhões de reais no estado de São Paulo entre 2012 e 2018.

A empresa norte-americana produz no Brasil marcas de doces consagradas como M&M's, Twix e Snickers, além dos alimentos para cães e gatos Pedigree, Whiskas e Royal Canin.

Do aporte total, 500 milhões de reais serão destinados à linha de chocolates . A quantia será aplicada na ampliação da fábrica do produto em Guararema (SP), na melhoria de processos produtivos e em lançamentos.

Com isso, nos próximos anos, a Mars vai passar a produzir localmente todo o chocolate que vende no país. Hoje, de acordo com a companhia "uma parte importante" dos itens é importada.

O restante do capital será investido em novas sedes administrativas na capital paulista, na expansão das plantas de alimentos para pets de Mogi Mirim (SP) e Descalvado (SP) e na diversificação do portfólio desse segmento.

A empresa também vai construir uma nova fábrica de produtos para animais em Ponta Grossa (PR), que deve ficar pronta nos próximos três anos.

Somados, os investimentos no Brasil chegarão a mais de 1 bilhão de reais no período entre 2012 e 2020. Eles devem gerar cerca de 450 empregos diretos, calcula a companhia.

Crescer na crise

Para Vladmir Maganhoto, presidente da Royal Canin no Brasil (uma das unidades de "Petcare" da Mars), o que permite à companhia seguir com planos robustos mesmo diante da crise é a sua escala, aliada ao foco no longo prazo.

"Operamos globalmente, o que faz com que os resultados em outras partes do mundo garantam os investimentos aqui, apesar das dificuldades. O Brasil tem uma economia interna forte, vai passar por esse momento de ajustes. Por isso, apostamos nas oportunidades futuras", disse em entrevista a EXAME.com.

De acordo com ele, a turbulência econômica ainda não provocou um grande baque na operação da Mars. Ainda assim, ela tem se precavido.

"As indústrias em que atuamos são mais resilientes quando há retração na economia. Mas estamos buscando eficiências, como a melhoria de processos e redução do consumo de água e energia, para não ter de repassar o aumento dos custos internos ao consumidor", comentou o executivo.

A empresa não quantifica o impacto dos aportes anunciados na sua capacidade de produção e nem abre as expectativas de faturamento para este ano.

"Mas o Brasil é hoje a maior aposta do grupo dentro da América Latina e vamos crescer dois dígitos em todos os segmentos que temos no país", afirmou Maganhoto.

Em 2013, o grupo teve uma receita global de aproximadamente 33 bilhões de dólares. Ele emprega 75.000 funcionários mundialmente, 2.500 no Brasil

2. Ambiente aberto

2 /18(Exame.com/Karin Salomão)

3. Bom pra cachorro

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4. Sustentabilidade

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A companhia trata toda água resultante do processo de fabricação, além de usar água da chuva - apenas essa iniciativa gera uma economia de 2 mil litros de água por ano.  A meta da Mars é ter 100% do cacau produzido de forma sustentável até 2020 e 25% menos de sódio em seus alimentos.

5. Matéria prima

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A base das rações para animais é feita de cereais. Outros ingredientes são carne, vegetais, vitaminas e minerais e, por fim, palatabilizantes, que são substâncias que aumentam o sabor dos alimentos. Na foto, está a chegada dos cereais à fábrica. Depois, elas passam pela análise da qualidade e são estocadas.

6. Carnes

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Todas as proteínas animais que serão usadas na fabricação das rações vão diretamente ao refrigerador quando chegam. Depois, elas são misturadas, moídas e peneiradas. Na foto, estão grandes moedores de carne.

7. Cozidos e modelados

7 /18(Exame.com/Karin Salomão)

A farinha de cereais e óleos se unem à carne em moedores. Depois que todos os ingredientes foram misturados, eles chegam à máquina extrusora. É aqui que a massa irá tomar a forma da ração. Os ingredientes serão cozidos e passarão por moldes para formar os chunks, que são os pedaços de ração. Uma vez que a temperatura está entre 130°C e 140°C, a extrusora também elimina todos os microorganismos que possam ter ficado nos alimentos, para propiciar maior segurança para o animal. Não há nenhum contato humano em nenhuma parte do processo. Não é possível sequer entrar no mesmo ambiente deste maquinário - a operação é rigidamente controlada deste posto.

8. Formatos diferentes

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Assim que sai da extrusora, a ração precisa secar. Nessa etapa, ela ainda está muito delicada e maior que o seu tamanho final. Aqui, estão alguns dos formatos de ração que a Mars produz. Para filhotes, por exemplo, os tamanhos são menores. Para animais idosos, o alimento é mais macio. Já gatos costumam gostar de tamanhos e texturas diferentes, que ofereçam a eles mais estímulos sensoriais. Apesar de ambos serem animais de estimação, existem grandes diferenças entre os alimentos para cães e gatos. Os gatos sofrem de deficiência de alguns aminoácidos específicos - taurina, por exemplo. Quando castrados, costumam engordar, então a ração tem menos densidade calórica.

9. Secos e firmes

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Para adquirir seu formato final, a ração passa pela secadora. O aparelho é vertical, gastando menos espaço na fábrica. O tempo de secagem é confidencial.

10. Mais gostosos

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Para serem mais apelativas para nossos amigos de quatro patas, as rações recebem uma camada de palatabilizante. Essa é uma substância que aumenta o sabor do alimento.

"Contém bem menos sódio do que o usado na alimentação humana", diz a Mars.

11. Vários produtos

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O segmento de pet care corresponde a quase 50% do faturamento global, que foi de 33 bilhões de dólares no ano passado. Segundo a empresa, o mercado de pet ainda é composto, basicamente, da alimentação dos animais, que corresponde a 66% das vendas. A Mars possui as marcas Pedigree, Whiskas, Royal Canin, Champ, Kit e Kat e Dreamies. Na foto, estão 44 silos com produtos prontos, a espera da embalagem.

12. Finalmente

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Antes, durante e depois de serem embalados, os produtos passam por detectores de metal, para garantir a segurança do consumo. O material da embalagem chega em um cilindro gigante e é montado apenas imediatamente antes de receber os grãos.

13. Molhos

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Cerca de 90% de tudo o que é fabricado vem de linhas de rações secas. Apenas 5% das linhas de produção são destinadas aos alimentos úmidos e o resto para petiscos. O processo de fabricação dos alimentos molhados é um pouco diferente das rações secas. Até as áreas na fábrica estão separadas. Na foto, estão enormes galões que cozinham o gravy, ou molho, desses produtos molhados.

14. Fumegantes

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Assim como nas rações secas, os cereais, carnes e vitaminas são moídos, misturados e cozidos na extrusora. Antes de serem cortados, passam pela secagem, como mostra a imagem.

15. Balança

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Já no formato e peso correto, a ração úmida Whiskas é pesada e embalada em sachês, junto com o gravy, ou molho.

16. Forno gigante

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Esse tipo de produto não passa pela secadora vertical. Ao contrário, depois que já foi embalada, ele é direcionado a um grande forno para garantir que todos os microorganismos foram mortos.  O importante é não secar demais e que haja umidade o suficiente, principalmente para gatos, que não gostam tanto assim de tomar água.

17. Esteira rolante

17 /18(Exame.com/Karin Salomão)

Depois de passar pelo forno, aqui estão os sachês prontos, indo para a embalagem.

18. Agora entenda como a madeira se transforma em papel

18 /18(Luísa Melo/EXAME.com)

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