Anglo-russa TNK está perto de acordo de US$ 1 bi com a HRT
O contrato prevê a venda de 45 por cento dos 21 blocos exploratórios que a HRT possui na bacia do Solimões, na Amazônia
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2011 às 16h42.
São Paulo - A empresa anglo-russa TNK-BP está prestes a formalizar sua estreia na exploração de óleo e gás no Brasil em acordo que deve ser fechado com a brasileira HRT Participações nos próximos dias, disseram à Reuters fontes ligadas às duas empresas.
O contrato prevê a venda de 45 por cento dos 21 blocos exploratórios que a HRT possui na bacia do Solimões, na Amazônia, por cerca de 1 bilhão de dólares, quantia que poderá ser parcelada.
"As coisas estão indo bem... estamos quase lá", disse uma fonte próxima à TNK-BP. A empresa brasileira deverá ficar com 55 por cento do projeto.
O acordo será o maior investimento estrangeiro da terceira maior empresa de petróleo da Rússia, uma joint venture entre a britânica BP e um quarteto de bilionáios russos.
Uma hipótese levantada por uma fonte ligada à TNK-BP é o aumento de participação na concessão do Solimões para, eventualmente, 55 por cento, a ponto de ficar em uma posição que lhe permita ser o operador do projeto, disse uma fonte.
Mas uma fonte ligada à HRT afirma que a empresa brasileira pretende manter a operação do projeto. Apesar disso, a fonte afirma que não existe impasse entre as duas companhias sobre essa questão, que ainda deverá ser esclarecida.
"Não há pendência alguma; faltam apenas detalhes jurídicos", afirmou uma fonte ligada à empresa brasileira nesta sexta-feira.
O negócio, anunciado em julho, prevê que a petroleira anglo-russa exerça mais liderança no projeto nas fases de desenvolvimento e produção dos blocos, etapas posteriores à exploração.
Obstáculos
Antes de chegarem a um acordo, HRT e TNK-BP tiveram de superar alguns obstáculos. Além da questão da operação dos blocos, muito se discutiu sobre o custo de exploração.
E a saída, na semana passada, do vice-presidente da TNK-BP, Maxim Barsky, que tem liderado as negociações com o Brasil, acrescentaram incertezas em meio à disputa sobre a estratégia entre os muitos donos da TNK-BP.
Os blocos que baseiam a negociação contêm pelo menos 11 acumulações de hidrocarbonetos, que foram avaliadas pela certificadora DeGolyer and MacNaughton em 783 milhões de barris de óleo equivalente em recursos prospectivos e contingentes.
A fatia de 45 por cento que está sendo negociada pela HRT pertencia à Petra.
Em maio, a HRT informou à Petra que pagaria um "preço fixo e não ajustável" de 796 milhões de dólares por sua participação no Solimões, exercendo assim seu direito de compra, segundo um acordo de 2009 fechado entre as duas companhias.
NOVOS ARES
A TNK-BP, que produziu média de 1,5 milhão de barris por dia de petróleo em setembro, e que representa um quinto da produção da BP, quer impulsionar a participação internacional de sua produção para 25 por cento nos próximos 30 anos.
O crescimento fora da Rússia é crucial para a TNK-BP, já que seu portfolio de reservas no país é dominado por campos maduros, que já produzem há bastante tempo, e seus próximos incrementos de produção significativos só devem começar a produzir em meados da década.
São Paulo - A empresa anglo-russa TNK-BP está prestes a formalizar sua estreia na exploração de óleo e gás no Brasil em acordo que deve ser fechado com a brasileira HRT Participações nos próximos dias, disseram à Reuters fontes ligadas às duas empresas.
O contrato prevê a venda de 45 por cento dos 21 blocos exploratórios que a HRT possui na bacia do Solimões, na Amazônia, por cerca de 1 bilhão de dólares, quantia que poderá ser parcelada.
"As coisas estão indo bem... estamos quase lá", disse uma fonte próxima à TNK-BP. A empresa brasileira deverá ficar com 55 por cento do projeto.
O acordo será o maior investimento estrangeiro da terceira maior empresa de petróleo da Rússia, uma joint venture entre a britânica BP e um quarteto de bilionáios russos.
Uma hipótese levantada por uma fonte ligada à TNK-BP é o aumento de participação na concessão do Solimões para, eventualmente, 55 por cento, a ponto de ficar em uma posição que lhe permita ser o operador do projeto, disse uma fonte.
Mas uma fonte ligada à HRT afirma que a empresa brasileira pretende manter a operação do projeto. Apesar disso, a fonte afirma que não existe impasse entre as duas companhias sobre essa questão, que ainda deverá ser esclarecida.
"Não há pendência alguma; faltam apenas detalhes jurídicos", afirmou uma fonte ligada à empresa brasileira nesta sexta-feira.
O negócio, anunciado em julho, prevê que a petroleira anglo-russa exerça mais liderança no projeto nas fases de desenvolvimento e produção dos blocos, etapas posteriores à exploração.
Obstáculos
Antes de chegarem a um acordo, HRT e TNK-BP tiveram de superar alguns obstáculos. Além da questão da operação dos blocos, muito se discutiu sobre o custo de exploração.
E a saída, na semana passada, do vice-presidente da TNK-BP, Maxim Barsky, que tem liderado as negociações com o Brasil, acrescentaram incertezas em meio à disputa sobre a estratégia entre os muitos donos da TNK-BP.
Os blocos que baseiam a negociação contêm pelo menos 11 acumulações de hidrocarbonetos, que foram avaliadas pela certificadora DeGolyer and MacNaughton em 783 milhões de barris de óleo equivalente em recursos prospectivos e contingentes.
A fatia de 45 por cento que está sendo negociada pela HRT pertencia à Petra.
Em maio, a HRT informou à Petra que pagaria um "preço fixo e não ajustável" de 796 milhões de dólares por sua participação no Solimões, exercendo assim seu direito de compra, segundo um acordo de 2009 fechado entre as duas companhias.
NOVOS ARES
A TNK-BP, que produziu média de 1,5 milhão de barris por dia de petróleo em setembro, e que representa um quinto da produção da BP, quer impulsionar a participação internacional de sua produção para 25 por cento nos próximos 30 anos.
O crescimento fora da Rússia é crucial para a TNK-BP, já que seu portfolio de reservas no país é dominado por campos maduros, que já produzem há bastante tempo, e seus próximos incrementos de produção significativos só devem começar a produzir em meados da década.