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Anglo American registra US$3,9 bilhões em baixa contábil

Impacto sobre os mercados de commodities também forçou a Anglo e outros grupos de mineração a reduzir investimentos e custos


	Anglo American: impacto sobre os mercados de commodities também forçou a Anglo e outros grupos de mineração a reduzir investimentos e custos
 (Divulgação)

Anglo American: impacto sobre os mercados de commodities também forçou a Anglo e outros grupos de mineração a reduzir investimentos e custos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 08h04.

Londres - A mineradora global Anglo American registrou uma baixa contábil de 3,9 bilhões de dólares depois que os preços das commodities caíram, fazendo ainda nesta sexta-feira um alerta em relação a mais contratempos, mas um dividendo estável tranquilizou investidores.

O impacto sobre os mercados de commodities, que tem sido visto desde que os preços do minério de ferro despencaram pela metade ao longo dos últimos 12 meses, também forçou a Anglo e outros grupos de mineração a reduzir investimentos e custos.

"Vão ser um ou dois anos duros", afirmou o presidente-executivo Mark Cutifani, em teleconferência.

A empresa, que sinalizou uma baixa contábil no mês passado, registrou uma queda de 25 por cento no lucro operacional recorrente do ano passado, para 4,9 bilhões de dólares, em linha com as expectativas, enquanto o lucro por ação caiu 17 por cento, para 1,73 dólar.

No entanto, a companhia deixou seu dividendo inalterado em 0,85 dólar por ação depois de cortar 500 milhões de dólares em despesas. As ações da Anglo subiam mais de 2 por cento às 8h30 (horário de Brasília).

Cutifani embarcou em um programa de reestruturação para reduzir custos, melhorar as operações de mineração e vender ativos de baixo desempenho.

A Anglo fez um alerta no mês passado sobre um provável encargo sobre os resultados do ano passado e analistas tinham estimado esse impacto em 2 bilhões a 3 bilhões de dólares.

A maior parte da baixa contábil, de 3,5 bilhões de dólares, ocorreu em sua mina Minas-Rio no Brasil, em meio a atrasos e estouro de orçamento, desde sua aquisição pela Anglo em 2007-2008 por cerca de 5,5 bilhões de dólares.

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