Mais uma vez, a Varig viu fracassar uma tentativa de recuperação da empresa. A proposta feita pela Ocean Air, que se dispôs a atender algumas rotas domésticas da Varig, foi vetada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo a entidade, a transferência indireta de uma linha aérea é caracterizada como terceirização - ou seja, vai de encontro às regras de concessões de serviços públicos.

Além disso, a avaliação da Anac é de que a Ocean Air não teria condições para atender tais vôos. "A empresa não possui infra-estrutura nas linhas solicitadas, como estações de linha, despacho de aeroporto etc", informou a Agência, em nota oficial. Entre as linhas mencionadas na proposta estão Porto Alegre, Belo Horizonte (Pampulha) e Londrina, todas com vôos partindo de Congonhas. Em troca, a Ocean Air havia proposto a pagar as contas da Varig referente a esses trechos.

Com isso, resta à Varig esperar por um aceno do governo. Os maiores credores da com companhia aérea, Infraero e Petrobras, pertencem à união, cabendo a ela a palavra final sobre um eventual socorro à empresa. Em entrevistas recentes, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que o governo venha a ajudar a Varig. No entanto, há boatos de que o governo já estaria finalizando um plano de recuperação para a companhia.