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Alta relojoaria aposta em smartwatches para público jovem

A expectativa é de que o mercado dos chamados "wearables", ou itens de vestuário com tecnologia incorporada, movimente US$ 12,6 bilhões em 2018

Tag Heuer: no ano passado, o mercado específico de smartwatches teve um crescimento de 17% (Michele Tantussi/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 17h42.

São Paulo - Smartwatches não são exatamente uma novidade, mas foi no ano passado, com o lançamento do Apple Watch , que eles começaram a ganhar mais atenção da indústria de relojoaria tradicional.

A expectativa é de que o mercado dos chamados "wearables", ou itens de vestuário com tecnologia incorporada, movimente US$ 12,6 bilhões em 2018, segundo dados publicado no portal de estatística Statista.

No ano passado, o mercado específico de smartwatches teve um crescimento de 17%.

Para algumas marcas, o investimento em relógios tecnológicos é um caminho para se reaproximar do público jovem, que já não estava mais acostumado a consumir acessórios de pulso.

"A indústria estava se afastando dos jovens e acho que os smartwatches não poderiam ser melhores para trazê-los de volta", afirma Freddy Rabbat, parceiro local de distribuição da TAG Heuer no Brasil.

"Quando eles se acostumam a ter algo no pulso, é um passo até optarem por outros modelos mais tradicionais."

A suíça TAG Heuer foi uma das primeiras marcas a lançar seu próprio smartwatch, o TAG Heuer Connected, que funciona com sistema Android e deve chegar ao País em julho.

Como parte da estratégia, a grife vai permitir que o smartwatch seja "reciclado".

Após dois anos de uso, tempo de vida médio de um relógio tecnológico, o consumidor poderá trocar o miolo por um analógico tradicional por um preço muito menor do que o dos modelos de entrada da marca.

"É uma forma de adaptar também a tradição do mercado de luxo, no qual o conceito de herança, de passar a peça de pai para filho faz parte do negócio", explica Rabbat.

A gerente de marcas internacionais do Grupo Technos, Laura Goretti, tem visão parecida com a de Rabbat e cita a experiência da Fossil, que observou que 71% dos consumidores de sua linha de smartwatches, a Fossil Q, não costumava comprar relógios.

Lançada em outubro do ano passado e com previsão de chegada ao Brasil para outubro deste ano, a linha agrega três versões com diferentes níveis de interatividade e funcionalidades.

Para 2016, a expectativa da grife é que 10% das vendas venham do segmento.

Além dos nomes tradicionais da indústria relojoeira, marcas ligadas à moda apostam na tendência. É o caso da Michael Kors, que deve lançar seu primeiro smartwatch em outubro, com previsão de chegada ao Brasil no primeiro semestre de 2017.

A Hermès é outra que aposta no mercado, não necessariamente fabricando seu próprio modelo, mas com uma parceria com a Apple para criar uma versão luxuosa do Apple Watch (com pulseiras e caixa estilizada).

Outras grifes, como Diesel, Emporio Armani, Kate Spade e Skagen também devem lançar seus modelos em 2017.

"As marcas entenderam que a tecnologia veio para ficar e modernizar a indústria, trazendo de volta os jovens e agradando aos mais velhos", acredita Laura Goretti, da Fossil.

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São Paulo - Smartwatches não são exatamente uma novidade, mas foi no ano passado, com o lançamento do Apple Watch , que eles começaram a ganhar mais atenção da indústria de relojoaria tradicional.

A expectativa é de que o mercado dos chamados "wearables", ou itens de vestuário com tecnologia incorporada, movimente US$ 12,6 bilhões em 2018, segundo dados publicado no portal de estatística Statista.

No ano passado, o mercado específico de smartwatches teve um crescimento de 17%.

Para algumas marcas, o investimento em relógios tecnológicos é um caminho para se reaproximar do público jovem, que já não estava mais acostumado a consumir acessórios de pulso.

"A indústria estava se afastando dos jovens e acho que os smartwatches não poderiam ser melhores para trazê-los de volta", afirma Freddy Rabbat, parceiro local de distribuição da TAG Heuer no Brasil.

"Quando eles se acostumam a ter algo no pulso, é um passo até optarem por outros modelos mais tradicionais."

A suíça TAG Heuer foi uma das primeiras marcas a lançar seu próprio smartwatch, o TAG Heuer Connected, que funciona com sistema Android e deve chegar ao País em julho.

Como parte da estratégia, a grife vai permitir que o smartwatch seja "reciclado".

Após dois anos de uso, tempo de vida médio de um relógio tecnológico, o consumidor poderá trocar o miolo por um analógico tradicional por um preço muito menor do que o dos modelos de entrada da marca.

"É uma forma de adaptar também a tradição do mercado de luxo, no qual o conceito de herança, de passar a peça de pai para filho faz parte do negócio", explica Rabbat.

A gerente de marcas internacionais do Grupo Technos, Laura Goretti, tem visão parecida com a de Rabbat e cita a experiência da Fossil, que observou que 71% dos consumidores de sua linha de smartwatches, a Fossil Q, não costumava comprar relógios.

Lançada em outubro do ano passado e com previsão de chegada ao Brasil para outubro deste ano, a linha agrega três versões com diferentes níveis de interatividade e funcionalidades.

Para 2016, a expectativa da grife é que 10% das vendas venham do segmento.

Além dos nomes tradicionais da indústria relojoeira, marcas ligadas à moda apostam na tendência. É o caso da Michael Kors, que deve lançar seu primeiro smartwatch em outubro, com previsão de chegada ao Brasil no primeiro semestre de 2017.

A Hermès é outra que aposta no mercado, não necessariamente fabricando seu próprio modelo, mas com uma parceria com a Apple para criar uma versão luxuosa do Apple Watch (com pulseiras e caixa estilizada).

Outras grifes, como Diesel, Emporio Armani, Kate Spade e Skagen também devem lançar seus modelos em 2017.

"As marcas entenderam que a tecnologia veio para ficar e modernizar a indústria, trazendo de volta os jovens e agradando aos mais velhos", acredita Laura Goretti, da Fossil.

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