Alibaba obtém autorização para fazer maior IPO da história em Hong Kong
Ant, o braço financeiro da gigante chinesa do comércio online, recebeu a autorização dos reguladores chineses para ser cotizada em Hong Kong
AFP
Publicado em 19 de outubro de 2020 às 16h21.
Última atualização em 19 de outubro de 2020 às 16h52.
O braço financeiro da gigante chinesa do comércio online Alibaba recebeu, nesta segunda-feira (19), a autorização dos reguladores chineses para ser cotizada em Hong Kong, segundo informações publicadas online, mais um passo na realização da provavelmente maior Oferta Pública Inicial ( IPO ) da história.
O Ant Group espera obter 35 bilhões de dólares através da venda maciça de ações em uma oferta simultânea no centro financeiro de Hong Kong e na nova plataforma Star Market de Xangai, criada em 2019, indicou a agência Bloomberg, citando fontes não identificadas.
A empresa busca, dessa forma, obter esse valor que superaria os 29,4 bilhões de dólares captados pela saudita Aramco em dezembro em Riade.
A empresa gerencia o Alipay, o sistema dominante de pagamentos online na China, no qual o dinheiro, os cheques e os cartões de crédito foram ofuscados pelos aplicativos e pelos dispositivos de pagamento online.
Em setembro, a bolsa de Xangai autorizou a transação, o que significa que a empresa com sede em Hangzhou (leste da China) requer apenas uma aprovação da Comissão Reguladora Chinesa de Valores (CSRC).
Em sua apresentação de agosto, o Ant afirmou que usará o procedimento para ampliar seus pagamentos transfronteiriços e melhorar sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento.
A decisão de não fazer a venda em Nova York é uma grande perda para os mercados nova-iorquinos e ocorre no momento em que Estados Unidos aumenta a vigilância das empresas de tecnologia chinesas.
Muitas empresas chinesas de alto nível, especialmente as do setor tecnológico, se mudaram para Hong Kong devido à tensão entre Estados Unidos e China.
A introdução do Ant na bolsa também é um golpe para Hong Kong na medida em que cresce a preocupação sobre as possíveis consequências da imposição de uma nova lei de segurança nacional na cidade.