Alibaba: a empresa criou o "Dia do Solteiro" em 2009 e hoje evidência a força do comércio eletrônico e do consumo na 2ª maior economia mundial (Nelson Ching/Bloomberg)
EFE
Publicado em 10 de novembro de 2016 às 16h40.
Shenzhen - O gigante do e-commerce Alibaba começou nesta quinta-feira o já consagrado "Dia do Solteiro", a maior jornada de compras pela internet do mundo, com vendas totalizando US$ 5,2 bilhões logo na primeira hora.
Chineses, americanos e até brasileiros se apressaram para conseguir os melhores descontos assim que bateu à meia-noite (horário da China, 2h em Brasília), fazendo com que as vendas no Alibaba subissem de maneira frenética e em apenas cinco minutos tivessem alcançado US$ 1 bilhão.
A empresa começou a publicar os dados das transações registradas em suas plataformas depois de uma festa realizada em Shenzhen ao melhor estilo Hollywood: com a família Beckham, o grupo One Republic e a atriz Scarlett Johansson fazendo a contagem regressiva para começar o grande dia.
Nos gráficos expostos pela companhia em uma tela gigantesca, cinco países lideravam as compras na China na primeira hora: Rússia, Estados Unidos, França, Espanha e Brasil.
A empresa, fundada por um dos homens mais ricos do país, Jack Ma, criou o "Dia do Solteiro" em 2009 e hoje evidência a força do comércio eletrônico e do consumo na segunda maior economia mundial.
Neste ano, são oferecidas ofertas de até 50% em mais de 10 mil marcas internacionais, como Apple, Disney e Zara.
Os sites de Alibaba ou seus aplicativos para celular - onde acontece a maior parte das vendas na China - concorrem com a JD.com, outra empresa do setor, mas que não quis dar detalhes de seu negócio à Agência Efe.
Em 2015, Alibaba movimentou US$ 14,3 bilhões e alguns analistas acreditam que este ano as vendas aumentem até 50%, o que lhe levaria a bater um novo recorde.
"Nos centramos em personalizar a experiência, apesar de vendermos para milhões de pessoas em apenas um dia", explicou, pouco antes da abertura, o vice-presidente executivo da companhia, Joseph Tsai, a jornalistas.
Apesar dos esforços, dúvidas sobre a qualidade dos produtos na China continuam aparecendo e as autoridades anunciaram que vigiarão "muito de perto" a atividade de vendas hoje.