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Airbus quer superar Boeing na América Latina em 2014

Airbus espera que sua frota corresponda a 52% das aeronaves das empresas na região depois de ter vendido mais aviões que a Boeing em 5 dos 6 últimos anos

Airbus: inversão da sorte da Airbus ressalta sua feroz batalha contra a Boeing por um dos mercados que cresce mais rapidamente no mundo (x3.wolfgang / Creative Commons)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 07h59.

São Paulo - A Airbus planeja ter mais aeronaves operando na América Latina do que a rival norte-americana Boeing pela primeira vez em 2014, disse o principal executivo da empresa europeia na região.

A inversão da sorte da Airbus ressalta sua feroz batalha contra a Boeing por um dos mercados que cresce mais rapidamente no mundo.

A Airbus espera que sua frota corresponda a 52 por cento do total de aeronaves das duas empresas na região em 2014 depois de ter vendido mais aviões que a Boeing em cinco dos seis últimos anos. A fatia do mercado da Airbus cresceu saindo de 23 por cento uma década atrás e apenas 12 por cento em 2000.

"Esperamos que nossa participação continue a crescer nos próximos anos", disse Rafael Alonso, vice-presidente executivo para a Airbus na América Latina, em uma coletiva de imprensa. "Um grande sucesso para nós será chegar a 60 por cento." A Boeing, que superava em muito as vendas da Airbus até cerca de 15 anos atrás, continua a ter uma frota global ativa por volta de 50 por cento maior que a Airbus, segundo pesquisas de mercado. Mas o salto da Airbus na América Latina mostra quão rapidamente a mesa pode virar.

A Airbus lançou ao final de 2010 a aeronave de corredor único A320neo. O modelo veio com um novo motor e prometia uma economia de combustível significativa um ano inteiro antes da Boeing responder com o remotorizado 737 MAX.

"Eles saíram primeiro com o 'neo', o que deu a eles uma vantagem nas vendas", disse Donna Hrinak, a executiva mais sênior da Boeing no Brasil, em outro evento em São Paulo na terça-feira. "Estamos mantendo as coisas competitivas." A região é um importante campo de batalha conforme ambas as fabricantes esperam um forte crescimento nas próximas duas décadas. A Airbus estima que o tráfego de passageiros na região terá expansão média de 6 por cento ao ano, atrás apenas do Oriente Médio. A Boeing estima um crescimento anual de 6,9 por cento.

Uma frota latino-americana de mais de 1.200 aeronaves precisará mais que dobrar de tamanho até 2032 para acompanhar a demanda, disse Alonso a jornalistas em São Paulo. Considerando a renovação de aeronaves antigas, a Airbus projeta a entrega de 2.307 aviões nos próximos 20 anos, disse ele, focando em modelos com mais de 100 assentos e cargueiros capazes de transportar mais de 10 toneladas.

As projeções da Boeing são ainda mais agressivas, prevendo que a frota na América Latina será quase triplicada até 2032 para 3.790 aeronaves.

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São Paulo - A Airbus planeja ter mais aeronaves operando na América Latina do que a rival norte-americana Boeing pela primeira vez em 2014, disse o principal executivo da empresa europeia na região.

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A Airbus espera que sua frota corresponda a 52 por cento do total de aeronaves das duas empresas na região em 2014 depois de ter vendido mais aviões que a Boeing em cinco dos seis últimos anos. A fatia do mercado da Airbus cresceu saindo de 23 por cento uma década atrás e apenas 12 por cento em 2000.

"Esperamos que nossa participação continue a crescer nos próximos anos", disse Rafael Alonso, vice-presidente executivo para a Airbus na América Latina, em uma coletiva de imprensa. "Um grande sucesso para nós será chegar a 60 por cento." A Boeing, que superava em muito as vendas da Airbus até cerca de 15 anos atrás, continua a ter uma frota global ativa por volta de 50 por cento maior que a Airbus, segundo pesquisas de mercado. Mas o salto da Airbus na América Latina mostra quão rapidamente a mesa pode virar.

A Airbus lançou ao final de 2010 a aeronave de corredor único A320neo. O modelo veio com um novo motor e prometia uma economia de combustível significativa um ano inteiro antes da Boeing responder com o remotorizado 737 MAX.

"Eles saíram primeiro com o 'neo', o que deu a eles uma vantagem nas vendas", disse Donna Hrinak, a executiva mais sênior da Boeing no Brasil, em outro evento em São Paulo na terça-feira. "Estamos mantendo as coisas competitivas." A região é um importante campo de batalha conforme ambas as fabricantes esperam um forte crescimento nas próximas duas décadas. A Airbus estima que o tráfego de passageiros na região terá expansão média de 6 por cento ao ano, atrás apenas do Oriente Médio. A Boeing estima um crescimento anual de 6,9 por cento.

Uma frota latino-americana de mais de 1.200 aeronaves precisará mais que dobrar de tamanho até 2032 para acompanhar a demanda, disse Alonso a jornalistas em São Paulo. Considerando a renovação de aeronaves antigas, a Airbus projeta a entrega de 2.307 aviões nos próximos 20 anos, disse ele, focando em modelos com mais de 100 assentos e cargueiros capazes de transportar mais de 10 toneladas.

As projeções da Boeing são ainda mais agressivas, prevendo que a frota na América Latina será quase triplicada até 2032 para 3.790 aeronaves.

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