Airbus quer ter até 70% do mercado latino-americano em 2032
Empresa espera se destacar na entrega dos mais de 2.300 novos aviões que serão necessários à região e renderão total de US$ 292 bilhões a fabricantes
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2013 às 15h04.
São Paulo - A América Latina tem o segundo maior crescimento no tráfego aéreo no mundo e, até 2032, vai precisar de pelo menos 2.300 novas aeronaves para suprir a demanda. De olho nesse número, a Airbus , a maior fabricante de aviões comerciais do mundo, espera aumentar sua participação na região para até 70% nos próximos 20 anos, ante os 52% que tem hoje.
De acordo com uma projeção feita pela companhia francesa, nas próximas duas décadas o tráfego aéreo na América Latina e no Caribe crescerá 6,3% ao ano, enquanto que no resto do mundo o crescimento será de 4,7%.
Nos últimos dez anos, a Airbus triplicou sua frota de operação na América Latina e no Caribe, impulsionada pelo Brasil e pelo México, entregando mais de 60% das novas aeronaves da região e chegando a 527. Em 2013, a empresa foi responsável por 70% das vendas e teve um aumento de 66% no número de pedidos em seis anos. Seus maiores clientes foram a LATAM e a Avianca .
“Analisando o crescimento do mercado, as nossas vendas e as dos nossos concorrentes, podemos esperar que nossa participação siga crescendo nos próximos anos”, afirmou Rafael Alonzo, vice-presidente executivo da Airbus para América Latina e Caribe, em encontro com jornalistas nesta terça-feira.
Segundo o executivo, no mercado brasileiro, a frota necessária para atender o crescimento do tráfego aéreo irá triplicar em 20 anos, chegando a 1.325 aeronaves. O Brasil já é o quarto maior mercado do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão.
Os aviões que comportam em média 120 passageiros, representados pelo modelo A320, serão de longe os mais requisitados, mas a Airbus também está de olho em um novo mercado que deve surgir no continente: os aviões com capacidade entre 450 e 800 pessoas, a depender da número de divisões de classes. Das 25 cidades com maior tráfego aéreo no mundo, São Paulo, única latino-americana na lista, é também a única que não recebe aeronaves deste tamanho.
Isso deve mudar em breve. De acordo com Alonzo, quatro linhas aéreas pretendem começar a oferecer o serviço a partir do aeroporto de Guarulhos nos próximos anos: a Lufthansa, a British Airways, a Emirates e, já em 2014, a Air France. A Airbus, obviamente, está em negociações para fornecer seu A380 para o serviço.
Mercado interno
A Airbus aposta na América Latina por conta da estimativa de que a classe média da região crescerá 50% nos próximos 20 anos, chegando a 55% de toda a população. Segundo o vice-presidente, esse é o maior fator de influência no aumento do tráfego aéreo no mundo, que se mostrou imune até às grandes crises externas. Mesmo com as turbulências do pós 11 de setembro e da crise econômica de 2008, as viagens aéreas subiram 67% no mundo nos últimos 10 anos.
Além disso, a América Latina é a segunda região mais urbanizada do mundo, com 79% de sua população vivendo em áreas urbanas, atrás apenas da América do Norte, que tem 81%. Ainda assim, só 41% das grandes cidades por aqui possuem ao menos um voo por dia, enquanto, na América do Norte, essa porcentagem chega a 98%. “Isso mostra um enorme mercado potencial que ainda não foi explorado, e é a ele que estamos atentos”, afirmou Alonzo.
São Paulo - A América Latina tem o segundo maior crescimento no tráfego aéreo no mundo e, até 2032, vai precisar de pelo menos 2.300 novas aeronaves para suprir a demanda. De olho nesse número, a Airbus , a maior fabricante de aviões comerciais do mundo, espera aumentar sua participação na região para até 70% nos próximos 20 anos, ante os 52% que tem hoje.
De acordo com uma projeção feita pela companhia francesa, nas próximas duas décadas o tráfego aéreo na América Latina e no Caribe crescerá 6,3% ao ano, enquanto que no resto do mundo o crescimento será de 4,7%.
Nos últimos dez anos, a Airbus triplicou sua frota de operação na América Latina e no Caribe, impulsionada pelo Brasil e pelo México, entregando mais de 60% das novas aeronaves da região e chegando a 527. Em 2013, a empresa foi responsável por 70% das vendas e teve um aumento de 66% no número de pedidos em seis anos. Seus maiores clientes foram a LATAM e a Avianca .
“Analisando o crescimento do mercado, as nossas vendas e as dos nossos concorrentes, podemos esperar que nossa participação siga crescendo nos próximos anos”, afirmou Rafael Alonzo, vice-presidente executivo da Airbus para América Latina e Caribe, em encontro com jornalistas nesta terça-feira.
Segundo o executivo, no mercado brasileiro, a frota necessária para atender o crescimento do tráfego aéreo irá triplicar em 20 anos, chegando a 1.325 aeronaves. O Brasil já é o quarto maior mercado do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão.
Os aviões que comportam em média 120 passageiros, representados pelo modelo A320, serão de longe os mais requisitados, mas a Airbus também está de olho em um novo mercado que deve surgir no continente: os aviões com capacidade entre 450 e 800 pessoas, a depender da número de divisões de classes. Das 25 cidades com maior tráfego aéreo no mundo, São Paulo, única latino-americana na lista, é também a única que não recebe aeronaves deste tamanho.
Isso deve mudar em breve. De acordo com Alonzo, quatro linhas aéreas pretendem começar a oferecer o serviço a partir do aeroporto de Guarulhos nos próximos anos: a Lufthansa, a British Airways, a Emirates e, já em 2014, a Air France. A Airbus, obviamente, está em negociações para fornecer seu A380 para o serviço.
Mercado interno
A Airbus aposta na América Latina por conta da estimativa de que a classe média da região crescerá 50% nos próximos 20 anos, chegando a 55% de toda a população. Segundo o vice-presidente, esse é o maior fator de influência no aumento do tráfego aéreo no mundo, que se mostrou imune até às grandes crises externas. Mesmo com as turbulências do pós 11 de setembro e da crise econômica de 2008, as viagens aéreas subiram 67% no mundo nos últimos 10 anos.
Além disso, a América Latina é a segunda região mais urbanizada do mundo, com 79% de sua população vivendo em áreas urbanas, atrás apenas da América do Norte, que tem 81%. Ainda assim, só 41% das grandes cidades por aqui possuem ao menos um voo por dia, enquanto, na América do Norte, essa porcentagem chega a 98%. “Isso mostra um enorme mercado potencial que ainda não foi explorado, e é a ele que estamos atentos”, afirmou Alonzo.