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Ação contra Petrobras nos EUA pode incluir papéis da Bovespa

Acionistas que têm papéis comprados na BM&FBovespa também poderão ser ressarcidos por ação de classe movida contra a empresa em Nova York


	Petrobras: cinco ações coletivas contra a estatal já foram movidas por investidores em Nova York
 (Vanderlei Almeida/AFP)

Petrobras: cinco ações coletivas contra a estatal já foram movidas por investidores em Nova York (Vanderlei Almeida/AFP)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 28 de abril de 2015 às 11h32.

São Paulo -  Acionistas da Petrobras que têm papéis comprados na BM&FBovespa também terão a possibilidade de serem ressarcidos por uma ação de classe movida contra a empresa em Nova York. A informação é do Valor Econômico.

Até o dia 31 de março, o processo visava compensar os prejuízos causados pela corrupção somente a investidores que detinham ADRs (recibos de ações negociadas nos Estados Unidos) adquiridos na Bolsa de Nova York e títulos de dívida emitidos pela estatal naquele país.

Nessa data, porém, o escritório de advocacia Pomerantz, que representa os investidores, fez uma emenda à ação inicial.

Por meio dela, segundo o jornal, é solicitada a inclusão de pessoas que compraram ações da Petrobras na bolsa brasileira na classe a ser ressarcida, desde que elas também tenham ADR ou outro título da empresa negociado nos EUA.

Caso o juiz Jed Rakoff, que comanda o caso, aceite o adendo, a cifra que a Petrobras pode perder com o processo deve aumentar significativamente.

Desdobramentos

Ainda de acordo com o Valor, a próxima estratégia do Pomerantz seria pedir a adição de todos os investidores na ação, inclusive os que só possuem papéis comprados na BM&FBovespa.

Há alguns dias, a Petrobras se defendeu pedindo o indeferimento do processo. A companhia alega que também foi vítima do escândalo de corrupção e que ele foi liderado por "um cartel criminoso composto das maiores companhias de construção e engenharia do Brasil".

"A Petrobras mesmo nunca pagou propinas para ninguém", afirma o documento, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde dezembro do ano passado, cinco ações coletivas contra a empresa foram movidas por diversos grupos de investidores em Nova York. Todas elas foram reunidas em um único processo pelo juiz Jed Rakoff.

Ainda nos Estados Unidos, até mesmo uma cidade já entrou na Justiça contra a estatal, alegando que teve prejuízo ao investir em seus títulos de renda fixa.

Além disso, processos individuais também foram abertos por investidores nos EUA e Europa.

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