Exame Logo

ABN Amro anuncia corte de 1.500 vagas e alta do lucro no 3º tri

O banco disse que reduções são necessárias para compensar custos regulatórios mais altos e investimentos em serviços digitais

ABN Amro: cortes resultarão em economia de 400 milhões de euros (Matthew Lloyd/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 09h08.

Amsterdã - O banco holandês ABN Amro informou nesta quarta-feira que cortará mais 1.500 vagas em seu quadro nos próximos anos, no momento em que acelera esforços de reestruturação para reduzir custos e investir em serviços digitais.

A companhia diz que os cortes resultarão em economia de 400 milhões de euros (US$ 428,9 milhões), além de uma redução já anunciada anteriormente de cerca de 1 mil funcionários no quadro da empresa.

Veja também

As medidas reduzirão a força de trabalho do banco em cerca de 13% e gerarão um total de 900 milhões de euros em economia até 2020. O ABN Amro disse que elas são necessárias para compensar custos regulatórios mais altos e investimentos em serviços digitais.

O anúncio é feito no momento em que o ABN Amro anunciou que registrou lucro líquido de 607 milhões de euros no terceiro trimestre, alta de 19% na comparação anual.

O resultado reflete provisões menores para prejuízos com empréstimos e uma receita maior com juros. O executivo-chefe do banco, Gerrit Zalm, que está prestes a deixar o posto, disse que os esforços de reestruturação tornarão a empresa "mais digital e mais ágil".

O ABN Amro não é o único banco holandês que diminui o quadro. O rival ING Groep disse no mês passado que cortará 7 mil postos nos próximos anos para melhorar a eficiência e também suas ofertas no mundo digital. O Rabobank Group, por sua vez, está em meio a um processo para cortar 9 mil funcionários.

Os cortes de pessoal mostram o quanto o modelo de negócio dos bancos é afetado por regras mais rígidas de requerimento de capital, taxas de juros em mínimas recordes e uma mudança para o mundo digital no setor.

O Banco Central da Holanda afirmou em estudo recente que os bancos precisam melhorar a eficiência para proteger a lucratividade, mas que os retornos de dois dígitos vistos antes da crise financeira global não são algo mais tão claro para o setor. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:BancosDemissõesHolandaLucro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame