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Abilio monta chapa para disputar conselho da BRF

A decisão foi tomada após nova reunião do conselho de administração da companhia ontem

Abilio Diniz: nova chapa (Edu Lopes/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2018 às 10h41.

São Paulo - O empresário Abilio Diniz decidiu montar uma chapa para o conselho de administração da BRF, dona de Sadia e Perdigão, para concorrer com a previamente registrada pelos fundos de pensão da Petrobrás (Petros) e do Banco do Brasil (Previ).

A decisão foi tomada após nova reunião do conselho de administração da companhia ontem. O plano era fechar um acordo que colocasse fim à disputa na empresa. Mas, como na quinta, houve impasse.

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A nova chapa traz o nome do ex-ministro da Indústria Luiz Fernando Furlan, herdeiro da família fundadora da Sadia, como presidente do colegiado - a chapa dos fundos já registrada indica Augusto Cruz, ex-presidente do GPA, para o cargo.

A relação capitaneada por Abilio prevê ainda que o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues faça parte do colegiado.

Essa chapa teve apoio da Tarpon, que possui 7,2% da BRF, mas não recebeu apoio formal de Previ e Petros, que possuem cerca de 11% da empresa cada uma, segundo fontes que acompanharam as conversas.

A ideia é que até a votação as negociações entre os fundos - que são os maiores acionistas individuais da BRF -, Abilio e Tarpon prossigam. A intenção é convergir para uma única chapa. Por ora, contudo, os dois lados ainda mantém determinação de defender sua própria lista.

Em disputa, está o comando da companhia de alimentos, que é a maior exportadora de frangos do mundo. Após a BRF registrar sucessivos prejuízos, os fundos de pensão entraram com pedido em fevereiro de destituição do conselho, que desde 2013 é liderado por Abílio.

O empresário, que também é acionista, com cerca de 4% por meio da Península Participações, acenou com a possibilidade de renúncia, num acerto costurado por semanas. Mas recuou da decisão sem receber aval dos fundos para novas exigências.

Procurados, Abilio, Furlan, BRF, Tarpon, Petros e Previ não comentaram o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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