7 casos de contaminação de alimentos que deram o que falar
Noma não foi único estabelecimento a protagonizar escândalo por falta de higiene; veja outros casos - entre eles, o restaurante Fat Duck que já foi eleito melhor do mundo
Talita Abrantes
Publicado em 10 de março de 2013 às 17h41.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h42.
São Paulo – As 63 pessoas que passaram mal após comer no restaurante Noma , considerado o melhor do mundo pela revista Restaurant, não foram as primeiras, nem serão as últimas a sofrer com alimentos contaminados. Seja por deslizes durante o preparo em restaurantes ou falhas no processo industrial dos alimentos, várias empresas já mancharam sua reputação pelo mesmo motivo que hoje o Noma vê sua hegemonia como melhor do mundo ameaçada. No caso do Noma, essencialmente, o incidente aconteceu por falta de medidas mais rígidas de higiene e falhas na cultura de contaminação. Por ora, o estabelecimento prometeu reembolso às vítimas ou outra refeição no local. Veja outros casos semelhantes (ou piores) nas próximas páginas:
Em fevereiro passado, a Proteste (associação de defesa do consumidor), encontrou três pelos de rato em uma amostra de ketchup da Heinz durante testes de qualidade. Em comunicado, a associação afirmou que o material encontrado indica problemas “graves de higiene, além da falta de cuidados mínimos para a fabricação ou acondicionamento”. Como resposta, a H.J. Heinz Company disse que não teve a oportunidade para validar a precisão do teste e tinha razões para questioná-lo.
No ano passado, um funcionário do Burger King em Ohio, nos Estados Unidos, postou na internet uma f otografia em que aparece pisando em potes com alface dentro. As imagens tinham a seguinte legenda: "Esta é a alface que vocês comem no Burger King". Os funcionários foram demitidos.
Em outubro de 2011, uma dona de casa de Joinville (SC) encontrou um filhote de rato morto dentro de um pacote de salgadinho da Elma Chips, da Pepsico. No ano passado, um estudante também encontrou um camundongo morto dentro do pacote lacrado de um salgadinho de soja da marca Jasmine. As duas empresas negaram contaminação do processo de fabricação.
Em 2011, ao menos 39 pessoas de 15 cidades do Rio Grande do Sul passaram mal após ingerir achocolatado Toddynho contendo detergente. Análises laboratoriais indicaram que cerca de 80 unidades de 200 ml possuíam um pH muito alto para um alimento. No ano passado, a justiça decidiu que a Pepsico deveria pagar R$ 420 mil em indenização às vítimas.
Em 2011, os chefs dos hotéis Intercontinental e Grand Hyatt, em São Paulo, foram detidos pela polícia por falhas na higiene e manutenção dos alimentos. Nos dois locais, a vigilância sanitária encontrou alimentos vencidos e sem informações de origem. Para se ter uma ideia, no Grand Hyatt, cem quilos de alimentos foram apreendidos - o prazo de validade de alguns deles datava de 2008. Na mesma época, a polícia também apreendeu 200 quilos de alimentos estragados nos hotéis Marriott, Sofitel Rio e Pestana Rio, na cidade do Rio de Janeiro.
O caso mais semelhante com o que ocorreu em fevereiro no Noma aconteceu também em um restaurante premiado. Em 2009, 240 pessoas tiveram problemas gastrointestinais após comer no restaurante inglês Fat Duck, considerado o melhor do mundo em 2005. De acordo com estudo publicado em 2011, esta foi a pior contaminação do tipo em um único estabelecimento. Apesar do incidente, o restaurante permanece na lista dos melhores restaurantes do mundo da Restaurant.
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