6 características nada tradicionais de empresas do século 21
A revista Fortune selecionou alguns fatos que marcam as maiores companhias surgidas pós-internet. Conheça
Luísa Melo
Publicado em 25 de outubro de 2015 às 07h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h28.
São Paulo - A internet não transformou apenas a maneira como as pessoas se comunicam. A infinidade de dados gerados na rede–e as diversas possibilidades de cruzamento entre eles–também deu origem a novos mercados e fez com que empresas consolidadas tivessem que se reinventar para sobreviver. Desde a forma de contratar até a de gerir o caixa, veja seis características marcantes das companhias do século 21, compiladas e publicadas pelo editor da revista Fortune, Alan Muray.
A Fortune evidencia empresas que faturam alto e acumulam poucos bens físicos – ou quase nenhum. O Alibaba, maior varejista do mundo, por exemplo, não fabrica produtos. O Airbnb, maior provedor de hospedagem do mundo, não é dono de nenhum imóvel ou hotel. O Uber, maior serviço de transporte do mundo, não possui um carro sequer.
De posse de poucos ativos, os funcionários – e suas habilidades e conhecimentos – passam a ser praticamente tudo o que as companhias têm. A revista ressalta que saber identificar aqueles que são essenciais e reconhecê-los é decisivo. "Eles são a empresa".
A Fortune alerta que esse tipo de economia em que indivíduos comercializam seus bens ou serviços próprios online (como acontece no Airbnb) ainda vai crescer. E, com isso, os empregos tradicionais devem diminuir. "John Chambers, ex-presidente da Cisco, prevê: 'logo teremos enormes empresas com um ou dois empregados – o presidente e o diretor financeiro'. Um exagero, talvez, mas nem tanto", escreveu o editor Alan Muray.
Modelos de negócio inovadores geram grandes fortunas para seus criadores, mas destorem indústrias inteiras no processo, lembra a revista. Basta observar o que aconteceu com as empresas de catálogos telefônicos e enciclopédias depois do surgimento do Google para entender.
A tecnologia possibilita mudanças em alta velocidade. A Fortune destaca que o tempo de vida médio das empresas do S&P 500 (índice que reúne as maiores companhias dos EUA) caiu de 61 anos em 1958 para 20 anos atualmente. "E vai cair ainda mais", prevê o editor Alan Muray.
"Na medida em que o valor das empresas modernas vem de propriedade intelectual, torna-se mais fácil enviar as receitas para paraísos fiscais (... a menos que as autoridades evoluam e corrijam o sistema global de impostos", escreveu Muray.
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