16 empreendedores brasileiros candidatos a fazer história
EXAME.com consultou especialistas em negócios para detectar os empresários que têm potencial de deixar um legado
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2013 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h38.
São Paulo – Ser um empresário de sucesso não é garantia para gravar seu nome na história do capitalismo. É preciso, também, que a empresa criada deixe um legado, como a criação de um mercado novo ou a capacidade de tornar o país competitivo em um setor. Com a ajuda de especialistas em negócios, EXAME.com selecionou dez empreendedores brasileiros que podem entrar para a história. A lista descartou startups e se concentrou em empresas já consolidadas em seus setores. Confira.
Há vários motivos para que Jorge Paulo Lemann , Marcel Telles e Beto Sicupira sejam candidatos a fazer história. O trio deu tacadas certeiras e construiu impérios, como a AB Inbev , maior cervejaria do mundo. Eles também introduziram a meritocracia no Brasil, e seu grupo se tornou um celeiro de executivos brasileiros com projeção mundial.
Em setembro do ano passado, André Esteves foi o único brasileiro na lista dos 50 banqueiros mais influentes do mundo, elaborada pela agência de notícias Bloomberg. O banco fundado por ele, BTG Pactual , hoje é considerado uma potência regional, que desafia gigantes como o JP Morgan. Os planos incluem a internacionalizado do banco.
Roberto Setubal foi um dos arquitetos da fusão do banco da família, o Itaú , com o Unibanco. Junto com Pedro Moreira Salles, ele criou o Itaú Unibanco. Neste ano, o banco comunicou que iniciou a transição para que Roberto deixe a presidência executiva, quando completar 60 anos, em 2014. A instituição que ajudou a construir é, hoje, o maior banco privado do país e ensaia sua internacionalização.
Eike Batista , com certeza, não vive seu melhor momento. Acuado por uma crise de confiança dos investidores, vê suas empresas derreterem na bolsa e negocia a venda de fatias de suas empresas para concluir os projetos. De qualquer modo, tem o mérito de focar em áreas fundamentais para o Brasil, como infraestrutura, logística e petróleo.
Marcio Kumruian é um caso único no comércio eletrônico brasileiro. Ao contrário das concorrentes, a Netshoes atua em apenas um segmento de mercado (artigos esportivos) e não tem nenhuma loja física. Em apenas dez anos, alcançou o faturamento de 1 bilhão de reais. Agora, se prepara para lançar ações na Nasdaq.
Os irmãos Júnior, Wesley e Joesley Batista (foto) transformaram um açougue fundado pelo pai, José Batista Sobrinho, na maior processadora de carnes do mundo, a JBS (as iniciais são uma homenagem a ele). A ascensão contou com um impulso do BNDES, mas o frigorífico foi o embrião da J&F, holding que hoje atua no setor financeiro, papel e celulose e higiene pessoal, entre outros.
Antônio Luiz Seabra, Pedro Luiz Passos e Guilherme Leal (foto), os criadores da Natura , representam a investida dos brasileiros em um setor cada vez mais importante – o de cuidados pessoais. Além disso, a Natura também é pioneira na divulgação de conceitos de sustentabilidade e de produtos de origem brasileira.
O Brasil é reconhecido mundialmente pela criatividade de seus publicitários (basta ver os prêmios que o país conquista a cada ano, no tradicional festival de Cannes). O fundador do Grupo ABC, Nizan Guanaes, é um dos nomes que projetaram o país nessa área. Hoje, seu grupo é o 18º maior do mundo, com 13 empresas e 1.600 funcionários.
Nevaldo Rocha é o fundador do Grupo Guararapes, que controla a rede Riachuelo . Frequentemente, ele é tratado como o criador da “Zara brasileira”, pelo modelo de negócios parecido com a espanhola: aposta no fast fashion, produção própria e controle dos canais de distribuição. Nevaldo é o único brasileiro, na lista da Forbes, cuja fortuna de 3 bilhões de dólares vem do ramo de moda.
Quando lançou o Projeto Cana Verde, no final dos anos 80, Leontino Balbo Jr. foi tachado de sonhador e delirante. Afinal, não era comum, na época, alguém pensar em cultivar cana-de-açúcar sem agrotóxicos. A ideia prosperou e foi a base da Native, hoje a líder mundial em cana-de-açúcar orgânica.